A semana foi marcada por investigações das polícias Civil, Militar e Federal em Mato Grosso.
Ainda no início da semana, Victor Hugo Oliveira da Silva, apontado como cúmplice do policial militar Raylton Duarte Mourão, foi preso durante uma tentativa de fuga. Ele é acusado de ser o condutor da motocicleta usada no homicídio da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, ocorrido em 11 de setembro, em Várzea Grande.
Após repercussão nacional sobre a adulteração de bebidas alcoólicas com metanol, a Polícia Militar fechou, na manhã de terça-feira (30), uma fábrica clandestina de “cereja” (bebida alcoólica) em Nova Mutum. A Politec investiga se o líquido estava adulterado com soda cáustica.
Já na última sexta-feira (03), a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Sisamnes, que apura um esquema de venda de sentenças no Judiciário brasileiro. O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves foi alvo de busca e apreensão em sua residência, em Primavera do Leste.
Durante a ação, seu segurança, o policial militar Djair Silvestre Santos, foi preso por obstrução de justiça, após tentar esconder um celular no momento da abordagem dos agentes federais.
Novas imagens do Caso Rozeli Nunes e comparsa de PM preso
O condutor da motocicleta envolvida no homicídio da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, Vitor Hugo Oliveira da Silva, foi preso nesta terça-feira (30), durante uma tentativa de fuga para o município de Cáceres (a 225 km de Cuiabá).
Segundo a Polícia Civil, Victor Hugo alegou que não sabia do planejamento do crime, ocorrido no dia 11 de setembro, e que teria sido convidado pelo soldado da Polícia Militar, Raylton Duarte Mourão, apenas para "capinar um lote". No entanto, o delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse não acreditar na versão apresentada pelo comparsa do PM.
Nesta semana, imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Raylton Mourão aparece pilotando uma motocicleta, por volta das 16h do dia 21 de agosto, 22 dias antes do crime.
Em outra evidência, uma captura de tela mostra Raylton a bordo de uma caminhonete Chevrolet Montana, no dia 14 de setembro, data em que teria ocorrido a fuga, três dias após o homicídio.
Leia mais:
Imagens mostram PM monitorando vítima e fuga em carro; veja
Polícia localiza moto que PM usou para monitorar personal em VG
Polícia prende motoqueiro que participou de execução de personal
Piloto de moto diz ter recebido R$ 500 de PM após crime; vídeos
Homem que pilotou moto em homicídio será interrogado na DHPP
Comparsa diz que foi chamado para "capinar" e não fugiu por medo
Delegado descarta participação de farmacêutica em assassinato
Delegado contesta versão de comparsa de PM: “Não existe isso”
Cúmplice de homicídio de personal foi detido em "Uber coletivo"
Operação Hortifraude desmonta esquema de R$ 45 milhões em sonegação fiscal
A Polícia Civil, em parceria com o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Mato Grosso (CIRA-MT), deflagrou na última terça-feira (3) a Operação Hortifraude, que investiga um esquema de sonegação fiscal no setor de hortifrutigranjeiros que movimentou mais de R$ 45 milhões.
A ação cumpriu 148 ordens judiciais nos estados de Mato Grosso e São Paulo. As investigações apontam que a quadrilha recrutava pessoas com falsas propostas de emprego e, a partir da obtenção de dados pessoais, utilizava essas informações para abrir empresas de fachada.
Mais de mil empresas foram identificadas como fantasmas, usadas para fraudar o fisco estadual. Segundo o delegado João Paulo Firpo, da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários, o líder do grupo já era conhecido da polícia por ensinar terceiros a praticar fraudes fiscais.
Leia mais:
Polícia desmonta esquema de R$ 45 mi com empresas de fachadas
Esquema de fraude criou mil empresas; líder do grupo é de SP
Líder de grupo que sonegou R$ 45 milhões dava aula de fraude fiscal
Quadrilha oferecia emprego para obter dados e criar empresas
Bebidas adulteradas causam alerta em bares e restaurantes em MT
Casos de intoxicação por metanol, por meio da adulteração de bebidas alcoólicas, ganharam destaque na mídia nacional esta semana. Em Mato Grosso, a Polícia Militar fechou, na manhã de terça-feira (30), uma fábrica ilegal de bebidas alcoólicas em Nova Mutum. Uma equipe da Politec foi acionada e analisa o conteúdo para identificar possível adulteração com soda cáustica.
Segundo o delegado Edmundo Félix de Barros Filho, responsável pela investigação em Nova Mutum, o grupo criminoso vai responder por falsificação, corrupção e adulteração. Três pessoas foram presas na ocorrência e negaram a adulteração das bebidas.
Diante dos casos, bares e restaurantes de Cuiabá emitiram notas tranquilizando seus clientes sobre a procedência das bebidas e os fornecedores dos estabelecimentos, para conter a queda no consumo.
O Ministério Público Estadual (MPE) notificou as diretorias das entidades do ramo de hotelaria, bares e gastronomia alertando sobre os riscos relacionados à comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.Em paralelo à ação do MPE, o deputado estadual João José (MDB) apresentou um projeto de lei que visa criar regras rígidas de prevenção e fiscalização, prevendo multas de até R$ 5 milhões
Leia mais:
Polícia fecha fábrica de cerveja fake e cita uso de soda cáustica
Deputado quer multa de R$ 5 mi para falsificadores de bebidas
Delegado diz que grupo vai responder por corrupção e adulteração
MPE notifica bares e restaurantes sobre bebidas adulteradas
Alvos negam adulteração de bebida; Polícia aguarda a perícia
Bares e restaurantes usam as redes para "acalmar" clientes
“PL da Blindagem” cuiabana
A Câmara de Cuiabá aprovou, com 23 votos, em primeira votação, uma Proposta de Emenda à Lei Orgânica que dificulta o processo de cassação dos mandatos de vereadores ou do prefeito. A proposta foi apresentada pelo vereador Demilson Nogueira (PP).
O projeto passa novamente por votação na próxima terça-feira (07) na Câmara de Cuiabá. Caso seja aprovado, o texto segue para publicação sem a necessidade de sanção do prefeito Abílio Brunini (PL).
Leia mais:
Câmara aprova emenda que dificulta cassação de vereadores; veja nomes
Saiba quando emenda que dificulta cassação será votada
Pedido de cassação na Câmara é arquivado por unanimidade
O pedido de abertura da Comissão Processante contra a vereadora Maysa Leão (Republicanos) foi arquivado nesta quinta-feira (02) por unanimidade na Câmara de Cuiabá, com 27 votos favoráveis.
O pedido foi protocolado na sexta-feira (26) pela balconista Katiucia Micheli Vaz. O documento apresentado apontava uma suposta “quebra de decoro parlamentar” devido à participação de uma menor de 16 anos em uma audiência pública conduzida por Maysa no dia 20 de agosto. Segundo Katiucia, o tema da audiência - violência contra a criança e contra a mulher — é “muito sensível”.
A Procuradoria da Casa já havia dado parecer pela rejeição do pedido, entendendo que não havia justa causa suficiente para a cassação do mandato de Maysa. O prefeito Abílio Brunini também comentou o pedido de cassação citando divergências políticas e declarando que não havia proporcionalidade e que isso "desconsidera a legitimidade do mandato outorgado pelos votos recebidos pela parlamentar, que precisam ser respeitados".
Leia mais:
Balconista pede cassação de Maysa por exposição de menor
Maysa sugere ligação de balconista com Cattani: “Ação política”
Abilio critica pedido de cassação contra vereadora Maysa
Câmara "enterra" por unanimidade pedido de cassação de Maysa
Advogada "pombo-correio" é presa e chora em audiência de cústodia
A advogada Andressa Alves de Sousa, de Barra do Garças, foi presa na quarta-feira (1º), durante a Operação Laço Oculto. Ela é suspeita de atuar como “pombo-correio”, repassando mensagens e outras informações de um preso de alta periculosidade, ligado a uma facção criminosa e custodiado em uma unidade prisional do Estado de Goiás, para outros faccionados — extrapolando, assim, seus deveres e atribuições constitucionais como advogada.
A advogada passou por audiência de custódia, na qual a juíza Tabatha Tosetto decidiu manter sua prisão. Durante a audiência, Andressa chorou após o representante do Tribunal de Prerrogativas da OAB-MT, Walter George Ramalho de Lima, mencionar que seus filhos passaram por constrangimentos com sua prisão. Ela é mãe de duas crianças, de 6 e 8 anos.
cebidos pela parlamentar, que precisam ser respeitados".
Leia mais:
Advogada é presa acusada de ser “pombo-correio” de faccionado
Juíza mantém prisão de advogada, que chora em audiência; veja
Imbróglio do Contorno Leste
O prefeito de cuiabá Abilio Brunini (PL) criticou na segunda-feira (02), uma manifestação de pessoas que moram em áreas de invasão próximas ao Contorno Leste — alegando que, devido a atos de vandalismo registrados no local, os responsáveis estariam fora da lista de beneficiados com novos lotes ofertados pela Prefeitura . No dia seguinte, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, determinou a suspensão da desocupação na área.
A decisão de Dino atende a uma ação ajuizada por José Leonardo Vargas Galvis, morador da área ocupada, que pediu a anulação do relatório socioassistencial elaborado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT). Segundo ele, o documento foi baseado em critérios “não objetivos e discriminatórios”, como renda per capita, registro de MEI, emprego formal ou antecedentes criminais, o que teria excluído diversas famílias.
Dino também proibiu a ampliação da área ocupada e solicitou informações sobre o litígio ao presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin.
Leia mais:
Abilio vai excluir “vândalos” da lista de beneficiados com novos lotes
STF barra despejo de famílias e cobra explicações de autoridades
Nova fase da Operação Sisamnes prende policial militar
O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves foi alvo de busca e apreensão na manhã de sexta-feira (03), em sua residência em Primavera do Leste, durante uma nova fase da Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no Judiciário brasileiro.
A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e está sob sigilo. Segundo a revista Piauí, a motivação foi a suspeita de que Andreson continuava atuando em negociações de sentenças, mesmo estando em prisão domiciliar.
Durante a operação, o policial militar Djair Silvestre Santos, que fazia a segurança de Andreson, foi preso por obstrução de justiça, ao tentar esconder um celular no momento da chegada dos agentes federais.
Leia mais:
PF cumpre mandado contra lobista em prisão domiciliar em MT
PM segurança de lobista é preso pela PF por obstrução; vídeos
Lobista seguiria atuando em venda de sentenças, diz revista
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
0 Comentário(s).
|