Cuiabá, Sexta-Feira, 15 de Agosto de 2025
CASO VILLAS-BÔAS
14.04.2012 | 13h56 Tamanho do texto A- A+

Filha de sertanista "aparece", mas fica com família adotiva

Marina, hoje com 55 anos, foi levada para São Paulo e decidiu não procurar mais a mãe

Rizza Matos/Com Guariroba

Maria Villas-Bôas (dir.), com a filha Terezinha: caso é solucionado quase meio século depois

Maria Villas-Bôas (dir.), com a filha Terezinha: caso é solucionado quase meio século depois

DA REDAÇÃO
Quase meio século depois, a família do sertanista Leonardo Villas-Bôas, um dos dos fundadores do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, esclarece o "desaparecimento" da filha do desbravador com Maria Villas-Bôas, em São Félix do Araguaia (1.157 km a Nordeste de Cuiabá, no Vale do Araguaia).

Conforme MidiaNews revelou - com base em informações do blog Com Guariroba -, a família quis aproveitar a repercussão do filme nacional "Xingu", que estreou nos cinemas no último dia 6 e conta a história de criação do parque do mesmo nome, pelos irmãos Villas-Bôas, para encontrar uma das filhas que Leonardo teve com Maria.

Maria Villas-Bôas, de 87 anos, disse ter sido companheira de Leonardo por 11 anos, com quem teve três filhos: Marina, Mariza e Álvaro. Ela contou que acompanhou Leonardo até a sua morte, em 1961. Após o seu falecimento, a família dele teria entrado em contato com Maria para oferecer ajuda, dando a ela uma casa no município.

A família ainda se ofereceu para levar a filha mais velha do casal, Marina, para estudar em São Paulo, sob a condição de que a garota iria visitar a mãe, anualmente. No entanto, segundo Maria, sua filha nunca mais voltou e os familiares de Leonardo nunca mais entraram em contato.

Depois da repercussão da reportagem sobre o “desaparecimento” de Marina, o advogado Noel Villas-Bôas, filho de Orlando Villas-Bôas, se apresentou como porta-voz da família e disse, por telefone, que Marina nunca esteve desaparecida.

 “Essa não é a primeira notícia sobre o caso, o que queremos esclarecer é que Marina foi trazida para São Paulo pela mãe Maria e que ela [Maria] sempre soube onde nos encontrar”, afirmou.

"Nada a declarar"

Por meio de mensagens eletrônicas ao blog, Marina confirmou que as informações repassadas por Noel são suficientes e que ela não tem mais nada a declarar.

Marina foi criada pela família da tia paterna, Ana Terezinha Villas Bôas, tem hoje 55 anos, dois filhos e continua morando em São Paulo.

“Marina faz parte do nosso convívio familiar, estamos sempre juntos e foi uma escolha dela não procurá-los”, disse Noel Villas-Bôas.

Segundo o advogado, a família não omitiu a existência de Maria e nem de seus filhos.

“Nós não a retiramos da história oficial, reconhecemos o casamento entre Leonardo e Maria, quando meu tio faleceu Maria, como esposa, recebeu o que tinha direito; depois, Álvaro veio nos visitar em São Paulo e foi recebido pelo meu pai [Orlando]”, afirmou.

A família de Maria Villas Bôas foi comunicada sobre as declarações e a filha de Maria, Terezinha Soares, disse que não sabe como vai contar para a mãe sobre a decisão de Marina.

“Não esperava que a resposta fosse essa, é uma surpresa vê que ela [Marina] pensa assim”, contou.

Leia mais sobre o Cso Villas-Bôas AQUI.

*Com informações do blog Com Guariroba.

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5 Comentário(s).

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Maria Auxiliadora Cândida de Souza  16.04.12 09h44
Nenhuma mãe em idade tão avançada merece ouvir que a filha tem vergonha da origem materna, humilde, do sertão de MT. SE afastar definitivamente, e por escolha própria, da mãe que abriu mão da convivência com filha por amor, para que esta filha tivesse a oportunidade que a mãe não poderia dar é, no mínimo, cruel.
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Carla  15.04.12 09h23
Nossa! Acompanhei o caso por este site e também não esperava que a reação da família e, o pior, da filha Marina fossem essa. Essas atitudes tanto da filha como do advogado representando a família não é digno do nome dos irmãos Villa-Boas. Lamentável!
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ANISIO  14.04.12 22h58
Que filha é essa?? nÃO querer reencontrar a propria mãe.. deve ter tornado uma egoista pelo dinheiro que a familia do pai ofereceu!!!!!
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fabito  14.04.12 18h07
O amor que seu pai e seus tios tínham pelos índio, não floreceu no seu coração de Marina! amor e respeito nem sempre é natural do ser humano! ela fez a escolha dela!
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FLAVIO RIVERA  14.04.12 15h42
A historia em si é interessante, principalmente quando a Globo inventa de fazer uma super produção. O Brasil é muito rico em cenário, onde a natureza se faz perfeito papel de parede. Alguém notou a obesidade e o flagelo que se encontra os Índios? Provavelmente não, porque foram separados os melhores de saúde para as filmagens. Mesmo assim, prefiro assistir o filme O Xingu, do que a Bruna Surfistinha, cresci assistindo, Lúcio Flávio, na televisão, para aqueles que não conhecem este foi um bandido. Até um ex capitão da policia e amigo dos diretores da Globo deu um bom, mas ainda prefiro este filme, do que assistir o filme do Leonardo Pareja, outro bandido. É muito triste tudo isso! E quanto a saga dos Villas Boas, não vejo nada emocionante nisso, pra mim um bando de andarilho maluco, e quanto ao parque, não importa, os índios cuidariam do mesmo jeito. Mas ainda prefiro assistir o Casarão ou Gabriela do que o filme do assalto ao Banco Central. Mas a culpa não é dos diretores dos filmes ou da Globo, e sim do Governo Brasileiro que não investe na educação. Na próxima oportunidade falaremos do filme do Bandido da Luz Vermelha.
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