"Dilemário pode ser punido por aprovar empréstimo a Emanuel"

A presidente do União Brasil em Cuiabá, deputada federal Gisela Simona, afirmou que o vereador  Dilemário Alencar pode ser punido pelo Conselho de Ética da sigla, por votar favorável ao empréstimo de R$ 139 milhões ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Você aprovar um empréstimo é algo inaceitável. Lamento muito essa aprovação, porque vemos um descontrole das contas e o dinheiro saindo pelo ralo

O empréstimo foi aprovado na tarde de terça-feira (16), por 16 votos favoráveis e 4 contrários. 

Gisela considerou a aprovação inaceitável devido ao descontrole orçamentário da atual gestão - e o "dinheiro saindo pelo ralo".

“Isso pode gerar punição, sim, porque somos um partido de oposição à atual gestão. Quando se tem a orientação de bancada, se vota tudo da mesma forma. É o correto, sob pena de ir ao conselho de ética”, afirmou.

“Vejo como muito ruim, porque – desde que tivemos aquela reprovação das contas pelo Tribunal de Contas do Estado – ficou esse sentimento de que a Prefeitura está quebrada. Você aprovar um empréstimo é algo inaceitável. Lamento muito essa aprovação, porque vemos um descontrole das contas e o dinheiro saindo pelo ralo”, acrescentou.

A deputada contou que, após Dilemário votar favorável ao empréstimo, a direção do partido exigiu que os vereadores mantenham uma postura oposicionista à atual gestão. 

Ela completou dizendo que, se Emanuel Pinheiro fizesse uma gestão eficiente, o empréstimo não seria necessário.

“No caso específico, não chegou a ter orientação de bancada. Inclusive, tínhamos alguns vereadores que estavam fora da sessão. Todos foram acionados imediatamente para fazer valer aquilo que temos pactuado dentro do União Brasil, que é ser um partido de oposição ao Emanuel Pinheiro”, disse.

“Então é algo que realmente não foi bom para o povo cuiabano, dentro desse contexto daquilo que nós estamos vendo de déficit nas contas públicas. É importante, seria, se o prefeito tomasse medidas de restringir despesa, se ele pudesse enxugar gastos para fazer o que precisa e não estar contraindo empréstimo”, completou.