Cuiabá, Sábado, 12 de Julho de 2025
"PREFEITO KAMIKAZE"
16.07.2024 | 16h11 Tamanho do texto A- A+

Emanuel quer empréstimo de R$ 139 milhões; Câmara autoriza

Pedido feito pelo Executivo foi aprovado por 16 a quatro; novo gestor deve administrar recurso

Luiz Alves/Secom

O prefeito Emanuel Pinheiro, que quer fazer empréstimo milionário com Banco do Brasil

O prefeito Emanuel Pinheiro, que quer fazer empréstimo milionário com Banco do Brasil

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A Câmara de Cuiabá aprovou, por 16 votos a quatro, a autorização para que a Prefeitura de Cuiabá contraia um empréstimo junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 139 milhões.

 

A votação ocorreu no início da tarde desta terça-feira (16), sob protesto da oposição - veja placar abaixo.

 

O recurso, de acordo com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), autor da Mensagem, será destinado às obras do Contorno Leste; à conclusão da reforma do Mercado do Porto; pavimentação de vias da Capital e a instalação de placas solares (usinas fotovoltaicas).  

 

O texto detalha que R$ 75 milhões serão exclusivos para garantir a "eficiência energética com instalação de usinas fotovoltaicas". Outros R$ 50 milhões serão destinados ao Contorno Leste, via que ligará o Distrito Indústrial até a MT-251, saída para Chapada dos Guimarães.

 

Outros R$ 9,5 milhões serão para asfaltar as ruas da Capital, e R$ 4,5 milhões para concluir as obras do Mercado Municipal, no bairro Porto.

 

"Prefeito Kamikaze"

 

Os vereadores de oposição se manifestaram contra a aprovação alegando a quebradeira no caixa da Prefeitura sob a gestão Emanuel. O vereador Fellipe Corrêa (PL) afirmou que prefeito deixará de herança ao próximo gestor uma dívida de cerca de R$ 2 bilhões.

 

Ele ainda classificou o gestor como "kamikaze", uma referência a pilotos japoneses que, na 2ª Guerra Mundial, se matavam durante o ataque

ao oponente.

 

"Só em 2022 mais de R$ 300 milhões foram deixados [de dívida] de um ano para o outro. Isso somado ano após ano de irresponsabilidade financeira, estamos finalizando a gestão com quase R$ 2 bilhões em dívidas. Eu não vou assinar autorização de empréstimo para esse prefeito kamikaze. Ele não pode destruir com as condições financeiras dessa cidade", disse o parlamentar.

 

As vereadoras Michelly Alencar (União) e Maysa Leão (Republicano) também se manifestaram contra a proposta. "Não falta dinheiro em Cuiabá. No Mercado do Porto, por exemplo, foram gastos R$ 14 milhões. Recurso mal gasto, que escorreu pelo ralo", criticou Maysa.

Dilemário Alencar (União), que também é oposição, afirmou que o recurso deverá ser gerido pelo próximo prefeito da Capital. 

 

"Casa essa casa aprove, quem vai executar esses recursos será o futuro prefeito de Cuiabá", disse Dilemário. O mandato de Emanuel termina dia 31 de dezembro.

O financiamento

 

O financiamento ocorrerá por meio do programa BB Eficiência Municipal e terá prazo para ser pago em 120 meses, ou seja, 10 anos. Haverá 12 meses de carência.


Os juros serão calculados pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário) mais 7% ao ano.

 

Veja como votaram:

 

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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alex r  18.07.24 07h44
ALO MP !! Tem diversos crimes acontecendo e fingem não ver???? Dinheiro público não é para ser investido em particular , privado! Já nos levaram o espaço do estacionamento .. que cobram ... Arrecadam de 600 a 900 mil mês e ainda precisam tira mais?
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Bárbara  17.07.24 14h30
Gente!! é serio isso .... só pode ser piada uma coisa dessa ... Mais um rombo!! ai cidadão Cuiabano só marcar os rostinhos do quadrinhos verdes!! Não esqueçam... proxima eleição temos fazer a mudança... por nossa cuiabá.
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Danilo Nascimento Silva   17.07.24 13h48
O shopping popular é privado ou publico? Nao entendi a parte da reforma do shopping popular
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marcos  17.07.24 08h18
Acredito que os parlamentares que aprovou o empréstimo ou qualquer outra despesas/investimento, comprometendo o dinheiro público, tem que responder diretamente pela aprovação, ou seja, responder se necessário com seu patrímónio no periodo de 5 anos. Temos como exemplo o VLT que foi aprovado sem o projeto básico.
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jose araujo da silva  16.07.24 23h17
jose araujo da silva, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas