Cuiabá, Quinta-Feira, 14 de Agosto de 2025
VÁRZEA GRANDE
05.04.2017 | 10h20 Tamanho do texto A- A+

Juiz libera central dos Correios, mas servidores mantêm greve

Funcionário morreu na semana passada após contrair a 'doença do pombo'

Divulgação

Justiça interditou central no último dia 30, determinando a limpeza do prédio

Justiça interditou central no último dia 30, determinando a limpeza do prédio

DO G1

A Justiça do Trabalho desinterditou o prédio do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios, no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, após a empresa responsável dar início ao processo de limpeza e tomar medidas para evitar uma nova infestação de pombos no local.

 

Na semana passada, cerca de 300 funcionários da unidade cruzaram o braços após a morte do trabalhador Celso Luiz Gomes, de 47 anos, que contraiu uma infecção por histoplasmose, mais conhecida como “doença do pombo”, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect).

 

A decisão, assinada pelo juiz substituto da 3ª Vara do Trabalho de Várzea Grande, Alex Fabiano de Souza, foi proferida na segunda-feira (3). Ao G1, o representante do Sindicato dos Trabalhadores dos Correiros de Mato Grosso (Sintect-MT), Erineu Sampaio da Silva, disse que a categoria irá se reunir decidir o rumo da greve.

 

O prédio foi interditado pela Justiça no último dia 30. A empresa entrou com um pedido de reconsideração, alegando que já estava tomando as providências necessárias para readequar o ambiente de trabalho. Em sua decisão, o magistrado alega que a empresa destacou os trabalhos de higienização, dedetização e colocação de telas de proteção para evitar a presença de pombos na central.

 

"Conclui-se dos elementos acima, em cognição sumária, pela salubridade (ao menos parcial, possibilitando o labor) do ambiente de trabalho (após as ações empreendidas, frise-se). Posto isso, e também considerando a essencialidade dos serviços prestados pela ré no local, revogo, por ora, a liminar concedida, desinterditando, dessa forma, o centro de distribuição", disse o juiz, na decisão.

 

Encomendas paradas


Em sete dias de greve dos funcionários, mais de 20 mil encomendas deixaram de ser entregues. Para regularizar a situação das encomendas, a empresa deve colocar um plano de ação contingencial para “mitigar os efeitos da paralisação”.

 

Outro lado


Segundo o representante da entidade sindical, Erineu Sampaio, a limpeza realizada pela empresa no local é apenas um dos pedidos feitos pelos funcionários, que devem se reunir para definir os rumos do movimento.

 

Entre as solicitações dos servidores está a limpeza constante do centro de distribuição e o pagamento dos dias parados. “Não fomos nós que causamos tudo isso. A empresa é que esperou alguém morrer para fazer a limpeza”, declarou.

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Eduardo M  05.04.17 10h34
Cadê minha mochila? Liberou a central. Bora trabalhar.
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