A idosa Dirce de Arruda Brandão, de 88 anos, e seu filho Ericson de Arruda Brandão, de 60, que foram encontrados mortos dentro de casa nesta quinta-feira (9) em Cuiabá, viviam isolados dentro da residência e não conversavam com trabalhadores e moradores da região, de acordo com a vizinhança.
Eles viviam na rua Joaquim Murtinho, no Centro Histórico. Quando encontrados, o corpo de ambos estavam em avançado estado de decomposição.
A reportagem do MidiaNews esteve no local e verificou que não há residências ocupadas próximas à família na rua, que é tomada por comércios e prédios vazios e sem uso humano.
Os comerciantes procurados pela equipe não tinham contato com Dirce e Ericson e afirmaram que eles viviam isolados. Além disso, não há um alto fluxo de pedestres em frente ao local, que tem a maior parte de sua movimentação construída por veículos que estão apenas de passagem.
A Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) afirmou, em análise preliminar, que as mortes ainda têm causa indeterminada, mas não foram identificados sinais de morte violenta.
Acompanhamento
Dirce vivia acamada sob os cuidados do filho e de uma equipe de home care, que acompanhava seu estado de saúde. Os profissionais que visitavam a casa não conseguiam contato com a família desde segunda (6) e acionaram a Polícia, que descobriu as mortes.
A idosa não era vista pelos trabalhadores locais devido à sua idade avançada, mas o seu filho não mantinha contato próximo com a vizinhança, que só o via saindo e chegando em casa.
De acordo com informações colhidas no local, Dirce estava acamada há cerca de um ano dentro de casa.
“A dona Dirce vinha aqui no bar, comprava bala, água às vezes, mas depois de um tempo, ela ficou acamada. E esse filho que sempre cuidava dela. Depois que ela ficou acamada, ela foi para os cuidados do home care e dele. Mas, assim, a vida deles era dentro da casa”, afirmou Luanny Duarte, proprietária de um bar na frente da residência da família.
Ainda conforme ela, eles faziam parte de uma família de moradores antigos da região, mas eram os últimos vivos ocupando as residências do centro histórico.
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