Cuiabá, Terça-Feira, 24 de Junho de 2025
CHACINA EM SORRISO
04.12.2023 | 17h52 Tamanho do texto A- A+

“Minha família morreu porque a Justiça não o prendeu”, diz prima

Uma mulher e suas três filhas foram mortas brutalmente; crime foi descoberto no dia 27 de novembro

Reprodução/YouTube

Tauany Micheli (detalhe) e a obra onde trabalhava o assassino

Tauany Micheli (detalhe) e a obra onde trabalhava o assassino

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Sobrinha e prima das vítimas da chacina de Sorriso, a jovem Tauany Micheli fez um desabafo sobre a tragédia familiar, durante entrevista ao canal do YouTube Beto Ribeiro.

Se alguém tivesse chamado a Polícia quando ouviu elas gritando, elas poderiam estar vivas

 

“A minha família morreu porque a nossa Justiça não prendeu ele quando tinha que prender. Ele deveria estar na cadeia há muito tempo”, disse a jovem. 

 

O assassino Gilberto Rodrigues dos Anjos tinha condenação por latrocínio em Mineiros (GO) e era procurado por estupro e tentativa de homicídio em Lucas do Rio Verde.

 

Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e suas filhas Miliane Calvi Cardoso, de 19, e as menores de 13 e 10 anos, foram assassinadas de forma cruel no final entre os dias 24 e 25 de novembro.

 

Os corpos só foram localizados pela Polícia na manhã do dia 27. O autor do crime foi preso trabalhando na obra ao lado da casa das vítimas.

 

Tauany se emocionou ao falar da família que nunca mais poderá ver.

 

“A tia Cle era uma mulher muito forte, lutou a vida toda para dar tudo que pôde para as meninas, estudar em escola particular, faculdade... Trabalhava muito para cuidar delas”, disse.

 

Miliane, a filha mais velha, estava cursando Engenharia Agronômica e era o orgulho da família.

 

“Ela era muito inteligente, na penúltima vez que a gente se encontrou ela falou: ‘Ah gente, eu preciso sair porque eu tenho aula de genética agora’. Ouvir aquilo me deu tanto orgulho dela”, afirmou.

 

“Ela estava em uma fase muito gostosa da vida, em uma fase que a gente aprende muito e estava amadurecendo muito rápido”, relembrou.

 

Tauany conta que tia e primas nunca comentaram temer ou ter notado que estavam sendo vigiadas pelo pedreiro da obra ao lado. “Era um bairro seguro”, afirmou.

 

Os vizinhos ouviram gritos na noite em que a família foi assassinada. Mas com os latidos dos cachorros, as pessoas disseram não ter entendido o que estava acontecendo.

 

“As pessoas não podem se omitir. Se você ouve alguma coisa na casa ao lado, por favor, denuncie, chame a Polícia. Se alguém tivesse chamado a Polícia quando ouviu elas gritando, elas poderiam estar vivas”, lamentou.

 

Banco de dados

 

Ainda muito emocionada, Tauany sugeriu a criação de um banco de dados nacional para catalogar criminosos suspeitos de estupro.

 

“Queria fazer o pedido de um banco de dados nacional para estupradores, porque se esse homem tivesse fichado no banco nacional e tivesse um site onde a gente pudesse pesquisar se tem pessoas fichadas perto de nós, para que a gente possa se proteger, para que a gente possa ter conhecimento... Não estamos descriminando ninguém”.

 

 

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2 Comentário(s).

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Eduardo  05.12.23 15h38
Fica a pergunta que todos já sabem a resposta. O que irá acontecer com o juiz que soltou, com o promotor que não denunciou e com o delegado que não concluiu o inquérito do primeiro crime de Lucas do Rio Verde?
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Graci Miranda  04.12.23 18h33
HISTÓRIA DE SUSPEITOS DEVEM SER TRATADOS COM RIGOR.
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