Preso preventivamente suspeito de ter integrado um suposto esquema de escutas ilegais no Estado, o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, encontra-se sozinho em um alojamento no Batalhão de Operações Especiais (Bope), na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), em Cuiabá.
De acordo com o diretor operacional da Polícia Militar, coronel Heverton Mourett, a rotina do coronel é normal, como de qualquer outra pessoa que cumpre prisão preventiva na sede.
“Nós temos uma norma que disciplina a rotina dos presos em unidades policiais. O tratamento é normal para quem quer que seja. Então, ele [Zaqueu] tem horário para tomar café da manhã e as demais refeições. Tem horário para banho de sol. Tem dias de visita. É uma rotina normal de execução penal”, afirmou.
O ex-comandante tem direito a três refeições diárias (café da manhã, almoço e janta)No Bope, coronel tem horário para tomar sol e 3 refeições diárias
A alimentação é a mesma que é servida para os policiais do batalhão. “Nem para mais, nem para menos”, enfatizou Mourett.
Os familiares também podem levar refeições para o ex-comandante. Ele recebe visitas às quintas-feiras e domingos. No entanto, o advogado poderá manter contato com o cliente em qualquer horário.
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O coronel PM Zaqueu Barbosa, que está preso no Bope
Além disso, Zaqueu tem direito a tomar banho de sol três vezes na semana durante duas horas.
Ainda segundo Mourett, o alojamento onde o ex-comandante é comum. Tem uma cama com um colchão, um ventilador e um banheiro com privada e chuveiro.
O diretor ressaltou que ele não tem acesso a celular e não tem acesso à televisão.
Escutas ilegais
Zaqueu Barbosa foi preso no último dia 23, junto com o cabo PM Gerson Ferreira Gouveia Júnior.
Os dois são suspeitos de serem os operadores de um suposto esquema de grampos telefônicos ilegais no Estado.
De acordo com as investigações, o sistema funcionaria por meio da tática de “barriga de aluguel”, quando números de pessoas que não têm qualquer relação com investigações policiais são inseridos de maneira disfarçada – sob outras identificações – em mandados de quebra de sigilos telefônicos.
A denúncia sobre a suposta rede de grampos foi feita no início deste ano, ao Ministério Público Federal (MPF), pelo promotor de Justiça Mauro Zaque. Ex-secretário de Estado de Segurança Pública, ele sustenta ter recebido uma denúncia anônima, com documentos, que evidenciavam a prática ilegal.
Ainda de acordo com o promotor, o caso foi levada ao conhecimento do governador Pedro Taques (PSDB) em setembro de 2015. Taques, no entanto, nega tal afirmação.
Na lista dos grampeados ilegalmente constam adversários políticos do Governo, servidores públicos, jornalistas e advogados. Os primeiros nomes revelados foram o da deputada estadual Janaina Riva (PMDB); do advogado José do Patrocínio; do desembargador aposentado José Ferreira Leite; dos médicos Sergio Dezanetti, Luciano Florisbelo da Silva, Paullineli Fraga Martins, Helio Ferreira de Lima Junior e Hugo Miguel Viegas Coelho.
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1 Comentário(s).
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Guerreiro 05.06.17 07h02 | ||||
Força Coronel!!! O senhor é um homem digno e decente, certamente irá superar esta adversidade. Deus te abençoe!!! | ||||
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