Carlos Oliveira, pai do jovem André Luiz Oliveira, de 27 anos, morto na tarde desta terça-feira (2), em confronto com policiais, alegou que o filho foi alvo de execução porque se negou a ser extorquido pelos policiais. O episódio também resultou na morte do policial militar Elcio Ramos, de 29 anos.
Carlos contou que quando tudo aconteceu estava fora de casa e havia recebido um telefonema do filho, afirmando que havia dois policiais em sua casa pedindo dinheiro.
“Estava com a minha esposa e minha netinha no carro e recebi uma ligação do meu filho dizendo que tinha dois policiais pedindo dinheiro para ele. Eu disse para ele não dar, que eu estava chegando. Três minutos depois, meu outro filho ligou dizendo que tinha tomado a arma do policial e atirado nele”, disse.
No momento do ocorrido, estavam na residência os três filhos de Carlos. Ele afirma que os policiais agiram de forma truculenta com o filho, que acabou se desesperando e atirando no PM.
“Se esses dois policiais não viessem aqui de forma arbitrária, tentar tomar algo que não é deles, meu filho não tinha cometido essa tragédia. Eles vieram buscar o dinheiro que eles tinham. Automaticamente meu filho negou. Meu filho trabalha, tem o dinheiro dele. Temos uma distribuidora aqui”, contou.
“Eu não entendo, gostaria de saber e vou a fundo nisso aí. Porque esse policial veio? Meu filho errou, mas esses dois policiais erraram muito mais. Porque eu acho que eles tinham que vir com algum mandado de prisão para prender meu filho”, disse.
Carlos afirmou que o filho morto, André Oliveira, não entrou em confronto com os homens do Bope.
“Foi uma execução. Eles chegaram aqui dizendo que não iam prender, mas sim matar”, afirmou.
Ele não soube informar o porquê dos policiais tentarem extorquir o filho e ainda afirmou desconhecer de alguma atividade ilícita dos filhos.
Secretário nega extorsão
O secretário de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, Rogers Jarbas, afirmou em entrevista coletiva também na tarde de ontem que os irmãos estavam sendo investigados por venda de armas ilegais pela internet.
O PM, que atuava no Setor de Inteligência do Comando Regional de Cuiabá, estava no local, segundo o secretário, produzindo provas sobre o suposto crime praticado pelos acusados.
Ele foi baleado na cabeça, dentro da residência dos suspeitos, no bairro CPA III, por volta de 15h. Dois irmãos foram presos por participação no crime e o terceiro acabou morto.
Conforme o secretário, o caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), inclusive a morte de um dos suspeitos.
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3 Comentário(s).
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Leila 04.08.16 08h06 | ||||
Entendemos a dor do pai, ele pode estar dizendo a verdade a respeito do que o filho falou, mas, será que o filho falava a VERDADE? | ||||
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Marques 03.08.16 16h20 | ||||
Ricardo, concordo plenamente com você! | ||||
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Ricardo 03.08.16 10h29 | ||||
É simples verificar se o pai está dizendo a verdade, se o filho ligou, basta pedir a quebra do sigilo telefonico. | ||||
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