Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
FORTUNAS
19.08.2016 | 15h00 Tamanho do texto A- A+

19 candidatos a prefeito possuem patrimônio superior a RS 10 milhões

Lideram o ranking dos candidatos milionários Otaviano Pivetta, Carlos Capeletti, e Dilceu Rossato

MidiaNews

O prefeito Otaviano Pivetta (PSB), com maior patrimônio dos candidatos

O prefeito Otaviano Pivetta (PSB), com maior patrimônio dos candidatos

ÉRIKA OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

Dos 266 candidatos que disputam o comando das prefeituras de Mato Grosso, nas eleições deste ano, 19 declararam patrimônio avaliado em mais de R$ 10 milhões, segundo levantamento feito pelo Mídia News.

 

Os dados foram divulgados pelos candidatos através do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), junto ao pedido de registro de candidatura de cada um.

 

Conforme consta na plataforma digital do TSE, entre os candidatos que já apresentaram sua declaração de bens, Otaviano Pivetta (PSB), de Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá), é disparado o candidato com maior fortuna.

 

Os bens de Pivetta totalizam mais de R$ 359 milhões. A lista inclui propriedades rurais, participações em empresas e créditos em contas bancárias.

 

Os bens de maiores valores são uma quota Agropecuária Margarida Ltda., no valor de R$ 127 milhões, crédito decorrente de empréstimo no valor de R$ 198 milhões e quotas na OP Participações e Investimentos Ltda., no valor de R$ 3,5 milhões.

 

Em segundo lugar está Carlos Capeletti (PSD), de Tapurah (445 km de Cuiabá), com patrimônio avaliado em mais de R$ 113 milhões.

 

Capeletti atua no ramo do agronegócio e possui propriedades rurais em várias cidades do Estado.

 

Entre seus bens de maior valor estão 25% das benfeitorias sobre área de terra em Lucas do Rio Verde, no valor de R$ 10 milhões, área de terra no município de Comodoro, no valor de R$ 19 milhões, 25% de uma área de terra no município de Tapurah, no valor de R$ 12 milhões, e maquinários e implementos agrícolas, no valor de R$ 8 milhões.

 

O terceiro lugar da lista dos candidatos “mais ricos” de Mato Grosso é ocupado pelo atual prefeito de Sorriso (420 km de Cuiabá), Dilceu Rossato (PSB).

 

Rossato é candidato à reeleição e teve um aumento de quase 73% em seu patrimônio desde o início de seu mandato.

 

Em 2012, sua declaração ao TSE apresentava bens estimados em R$ 52 milhões. Este ano, este valor subiu para mais de R$ 91 milhões.

 

A extensa lista de bens do candidato é composta por participações em empresas e um imóvel residencial – cujo endereço não é especificado – avaliado em R$ 3,5 milhões.

 

Também fazem parte da declaração de bens de Rossato: 17 veículos, 141 máquinas agrícolas, além de diversos imóveis, entre fazendas e apartamentos.

 

Integram o elenco dos candidatos à prefeito milionários Francis Maris (PSDB), de Cáceres; Luiz Binotti (PSD), concorrente de Pivetta em Lucas do Rio Verde; Antonio Cesar (PP), de Campo Verde; Dalton Martini (PP) e Roberto Dorner (PSD), ambos de Sinop; Lucimar Campos (DEM), de Várzea Grande; Reck Junior (PSD), de Tangará da Serra; Toni Dubiella (PMDB), de Feliz Natal; Voney Goiano (SD), de Gaúcha do Norte; Parassu (PMDB), de Luciara; Adriano Pivetta (PDT), de Nova Mutum; Toni Mafini (PSDB), de Novo Mundo; Augusto Jordão (PMDB), de Novo São Joaquim; Gilmar Wentz (PMDB), de Querência; Miguel Brunetto (PR), de Santo Antonio do Leste; e Luiz Carlos Castelo (PTB), de São José do Xingu.

 

Influência no eleitorado

 

O cientista político João Edisom alertou para o equívoco de se pensar que um candidato que possui maior capital de renda seja mais confiável que os menos afortunados.

 

Segundo João Edisom, “os eleitores acreditam que, estando perto de outras pessoas que possuem muito capital, estarão mais protegidas. Há uma idéia equivocada que quem tem dinheiro não vai roubar, e isso não é necessariamente verdade”, contextualizou.

 

De acordo com o cientista político, acreditar que uma pessoa bem sucedida em seus negócios pessoais agirá da mesma maneira na administração pública é um pensamento que pode induzir a erros.

 

“Administrar o dinheiro do outro é diferente de administrar seu próprio dinheiro”, disse.

 

Bancando a própria campanha

 

João Edisom afirmou que um dos fatores que apontam para o grande número de candidatos ricos é a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), válida a partir das eleições deste ano, que proíbe empresas de realizarem doações às campanhas.

 

“O que ocorre é que, em função da legislação eleitoral ter espremido tanto os financiamentos de campanha, o capital individual do candidato tornou-se extremamente importante. Quem tem dinheiro paga sua própria eleição”, afirma o cientista.

 

Edisom apontou, ainda, o interesse dos candidatos em conduzirem a economia dos municípios em benefício próprio.

 

Para ele, “o gestor não precisa roubar. Mas ele pode organizar o mercado de tal forma que a categoria em que atua seja mais favorecida”.

 

Confira abaixo o patrimônio dos 19 candidatos à prefeito com maior fortuna em Mato Grosso:

 




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COMENTÁRIOS
2 Comentário(s).

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miguel  06.09.16 14h14
Nossa com um patrimonio desses, vai me dizer que e por causa do salario de 10 a 15 mil reais!! joa entra numa dessa com ma inteções...
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CARLOS  19.08.16 10h36
Sr. governador todos os candidatos milionários a prefeito de Mato Grosso, são do AGRO-NEGOCIO. Não penalizados com pagamento do Icms é Uma BRINCADEIRA com as pessoas que o ELEGERAM. Faça uma mea culpa, o povo não é BURRO. As urnas falaram....
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