A empresária Bárbara Pinheiro, cunhada do candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), emitiu dez notas fiscais, de duas de suas empresas, à Caramuru Alimentos S/A. Sua irmã, a advogada Fabíola de Cássia Noronha, também emitiu uma nota fiscal à empresa.
As notas, que somam o total de R$ 1,79 milhão, foram emitidas nos meses de setembro e outubro de 2014.
Bárbara e Fabíola, além do empresário Marco Polo Pinheiro, conhecido como Popó, são acusados pela coligação do candidato Wilson Santos (PSDB), junto com Emanuel Pinheiro, de terem sido beneficiados com propina da Caramuru, depois de supostamente intermediarem a liberação de incentivos fiscais à empresa.
As notas as quais o MidiaNews teve acesso são das empresas Pinheiro & Noronha Ltda. e Auctus Consultoria Econômica Ltda., ambas de Bárbara Pinheiro e com sede em Cuiabá.
As notas fiscais da Pinheiro & Noronha somam somam R$ 850 mil, e as da Auctus Consultoria somam R$ 880 mil.
Já a nota da NF Assessoria, de Fabíola Noronha, é de R$ 60 mil.
Liberação dos incentivos e emissões de notas
As notas fiscais foram emitidas pelas empresas da cunhada de Emanuel e de sua irmã entre setembro e outubro de 2014.
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), por meio de seu então secretário de Estado de Indústria e Comércio, Alan Zanatta, concedeu os benefícios fiscais à Caramuru Alimentos S/A a partir do dia 1 de setembro de 2014.
As notas fiscais, portanto, começaram a ser emitidas dias depois da concessão dos benefícios, por meio do Prodeic.
As cartas-consultas da Caramuru foram aprovadas e publicadas no Diário Oficial, por Zanatta, no dia 4 de setembro de 2014.
Reprodução
A empresária Bárbara Pinheiro, cunhada de Emanuel: consultoria para liberação de incentivos
Neste mesmo dia, Bárbara Pinheiro emitiu uma nota fiscal à Caramuru, no valor de R$ 150 mil, da Pinheiro & Noronha Ltda. O objeto que constra na nota é "assessoria e consultoria tributária".
Já no dia seguinte, ela emitiu outra nota à Caramuru, no valor de R$ 150 mil, da Auctus Consultoria Econômica Ltda. O serviço descrito na nota foi "consultoria e assessoria para obtenção de incentivo fiscal no estado de Mato Grosso".
Investigação
Ao MidiaNews, o Ministério Público Estadual (MPE) confirmou, nesta quarta-feira (27), que está investigando um suposto esquema de fraudes na concessão de incentivos fiscais do Estado para a Carauru Alimentos.
Atualmente, o procedimento está no Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária), órgão que investiga agentes políticos com prerrogativa de foro junto ao Tribunal de Justiça.
Confira fac-símiles das notas fiscais:
23 Comentário(s).
|
Edivan Martins 27.10.16 16h33 | ||||
O que há de ilegal em notas fiscais emitidas por um serviço prestado? Aí está o resultado da educação que se tem no Brasil. O povo não sabe somar dois mais dois, não sabe ler e se deixa levar por qualquer coisa. | ||||
|
joao 27.10.16 13h48 | ||||
bom, vamos lá.... por que a empresa emitiu notas fiscais em sequencia, e não uma só? Sendo os valores praticamente iguais e emitidas no mesmo dia. Outro detalhe: banalizaram os termos "assessoria" e "consultoria". Mais respeito aos profissionais sérios dessa área, por favor! | ||||
|
Laura 27.10.16 13h44 | ||||
Basta analisar o processo e ver quem responde pela empresa, se for a consultoria, comprova os serviços prestados. Ou parente de deputado não pode trabalhar???? | ||||
|
Alcina gisele 27.10.16 13h03 | ||||
FORA PMDB E VAMOS RUMO A VITORIA WILSON 45 | ||||
|
kamilla campos 27.10.16 12h53 | ||||
Parabéns Wilson Santos, quer mais o que, a verdade sempre aparece. Agora só falta negar a documentação e as assinaturas ? Sou Wilson Santos 45. | ||||
|