A Defensoria Pública de Mato Grosso informou nesta quarta-feira (22) que irá suspender, a partir de 1º de setembro, o atendimento em 15 núcleos da nnstituição que operam por regime de cumulação.
As comarcas afetadas são Alto Taquari, Dom Aquino, Feliz Natal, Itiquira, Marcelândia, Nortelândia, Nova Ubiratã, Nova Canaã do Norte, Paranaíta, Pedra Preta, Poxoréu, Querência, Rio Branco, Santo Antônio de Leverger e Vila Bela da Santíssima Trindade.
De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial do Estado, a medida é necessária devido à repetição do orçamento destinado à Instituição em 2017, e foi deliberada pelo Conselho Superior em reunião ordinária, com anuência unânime de seus membros.
O defensor público-geral, Silvio Santana, afirmou que não teve como evitar a medida, em razão da falta de orçamento.
"Em que pese todo o esforço da equipe técnica e da administração superior, o cenário de limitações no orçamento comprometeu o regular funcionamento da Defensoria Pública. Não temos como indenizar as diárias aos defensores e assessores jurídicos que atendem estas comarcas em cumulação. Dos poderes e órgãos autônomos, é a Defensoria quem tem a menor previsão de orçamento para custeio", afirmou Santana.
"O valor de R$ 30 milhões é insuficiente para se fazer presente em todas as comarcas. Essas atividades serão retomadas caso haja incremento orçamentário, porque sabemos da sensibilidade das autoridades para com a causa da Defensoria, ressaltando que para a reversão do quadro necessitamos, ainda em 2017, de R$ 7 milhões”, disse.
Para o defensor público José Carlos Evangelista Miranda dos Santos, que integra o conselho, não existia alternativa, senão a suspensão.
“Isso significa dizer que as pessoas mais necessitadas de Mato Grosso serão diretamente atingidas, mas como o orçamento destinado à Defensoria está congelado, vimos que não há como prosseguir com a prestação dos serviços ofertados à esta população sem um futuro apontamento pelos órgãos fiscalizadores. É lamentável que isso ocorra, mas não depende exclusivamente da instituição", afirmou Santos.
"Sabemos o momento histórico pelo qual o Estado passa, mas inexistindo um aceno do Executivo sobre a suplementação necessária, seríamos responsabilizados pelos gastos dispensados nestas cumulações”, declarou.
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5 Comentário(s).
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Jana Oliveira 23.08.17 14h07 | ||||
Não restam dúvidas quanto a importância da Defensoria Pública e da necessidade de aumentar seu orçamento. Nosso Estado tem dimensão territorial gigante é uma desigualdade social ainda maior. O orçamento do Estado beneficia TCE, Assembleia legislativa, MP, Judiciário e não atende as necessidades mínimas da Defensoria. Parece que, para o Governador e Deputados Estaduais a população pobre não merece exercer seus direitos. Saúde, Educação, Assistência jurídica gratuita por que? Quanto mais excluídos melhor para os políticos descompromissados. O mais humilde apenas tem valor no dia da eleição, momento que seu voto tem valor igual ao do empresário do agronegócio. Precisamos de mudança!!!! | ||||
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thiago 23.08.17 12h37 | ||||
A Priscilla falou!!! Se tivéssemos um governador e deputados estaduais compromissados, poderiam, em tratativas com os demais poderes e órgãos (Judiciário, Legislativo, PM e TCE), reajustarem o duodécimos estabelecido na Constituição Estadual, de modo que contemplasse, de maneira proporcional, todos. É desarrazoado o valor repassado ao Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, simplesmente pelo fato de estar estabelecido na Constituição Estadual.... Tem que ser revisto o critério de distribuição de valores para os órgãos e poderes do Estado!!!! Quem sofre com a inércia é a população carente que perde mais um direito entre muitos outros.... | ||||
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Elly Roberto de Oliveira 23.08.17 11h55 | ||||
Na Chapada nunca abre. Vive fechada. Vou mandar foto todo dia na hora do expediente. Será q é bom consultar a promotoria a respeito? | ||||
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joaoderondonopolis 23.08.17 11h00 | ||||
Precisa-se de um governador para MT. | ||||
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Priscilla 23.08.17 10h34 | ||||
Uma injustiça ao órgão mais importante do sistema de justiça para as pessoas carentes. Enquanto isso, o MP tem um orçamento aproximadamente 3 vezes maior (mais de 300 milhões) e o Judiciário mais de 10 vezes maior (mais de 1 BILHÃO). Fora do sistema de justiça, ainda tem o TCE, que só atua na capital e abocanha aproximadamente 300 milhões. Parabéns aos envolvidos! | ||||
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