A advogada Sarah Quinetti Peroni acusou o delegado Edison Pick de agressão psicológica contra os três réus pela morte do advogado Roberto Zampieri, durante as investigações do caso.

A declaração foi dada nesta segunda-feira (22), em Cuiabá, durante a primeira audiência de instrução e julgamento da ação penal sobre o caso. O crime foi cometido em 5 de dezembro do ano passado.
O coronel Etevaldo Caçadini de Vargas, Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, réus pelo crime, estão acompanhando os depoimentos.
A sessão é conduzida pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal.
A fala da advogada se deu durante o interrogatório do delegado Nilson Farias, titular no caso, que foi substituído por Edison durante suas férias.
“O senhor tem ciência de que eles foram interrogados com agressões verbais e psicológicas, além de serem ameaçados de ir para a ala da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) se não falassem sem advogados? O senhor tem ciência de que eles passaram por essa tamanha covardia?”, questionou a advogada.
Nilson negou ter conhecimento da afirmação e disse ter certeza de que isso não aconteceu. Sarah atua na defesa do coronel Caçadini.
Réus acompanham depoimentos
Sentados lado a lado, o trio permanece em silêncio e acompanha com atenção tudo o que é dito.
Antônio e Hedilerson vestem uniformes de moletom e camiseta branca; já o coronel Caçadini está de cadeira de rodas, por causa do suposto tratamento, e veste camisa social e calça jeans.
Acusado de ser mandante
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa concluiu o inquérito policial que investigou a morte do advogado no início de julho e indiciou o empresário Aníbal Manoel Laurindo como mandante do crime.
A esposa de Aníbal, apontada inicialmente como cúmplice no crime, se livrou da acusação.
Para a polícia, não restam dúvidas de que Aníbal encomendou o crime por uma disputa de terras avaliadas em R$ 100 milhões no município de Paranatinga.
O caso
Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro do ano passado, quando deixava seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Ele havia acabado de entrar em seu carro, um Fiat Toro branco, quando o assassino se aproximou e atirou dez vezes contra ele.
Em fevereiro deste ano, o juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu o pedido do Ministério Público Estadual e tornou Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas réus pelo crime.
Além disso, o magistrado converteu a prisão temporária do trio em preventiva.
Mais informações em instantes.
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