O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, concedeu prisão domiciliar humanitária de 60 dias para o megatraficante Ricardo Cosme Silva dos Santos, conhecido como "DJ Superman Pancadão".
A decisão foi publicada nesta quarta-feira (13). Rondon acolheu um habeas corpus da defesa de Ricardo, que passou recentemente por uma cirurgia de apendicite. A doença surgiu após ele engolir um palito de dente.
O DJ está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde 2015, quando foi alvo da Operação Hybris, da Polícia Federal.
Ele foi condenado a 106 anos, 6 meses e 20 dias de prisão por liderar uma organização ligada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro que movimentava mais de R$ 30 milhões por mês em Mato Grosso.
No habeas corpus, a defesa alegou que o estabelecimento prisional não possui as condições necessárias para a recuperação da sua saúde.
Na decisão, o desembargador afirmou que o preso precisa ficar de repouso em local arejado e salubre para a recuperação do pós-operatório, além de alimentação adequada e uso de medicamentos receitados pelo médico nos horários determinados.
“Com efeito, a situação do estabelecimento prisional que não oferece a estrutura necessária para atender às necessidades do paciente, aliado ao estado delicado de saúde, a meu sentir, resta inconteste a violação à norma constitucional que consagrada no artigo 5º, inciso XLIX, da Carta Magna, que assegura à pessoa custodiada, integridade física e moral”, escreveu.
“Em face do exposto, não há como manter o encarceramento do paciente em ambiente insalubre e sem qualquer estrutura médica para assisti-lo, em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana, disposto no inciso III do art. 1º da Constituição Federal que garante a necessidade vital de cada indivíduo”, decidiu.
A organização
Segundo a PF, o grupo era fortemente estruturado e hierarquizado, com liderança firme e divisão de tarefas, incluindo a participação de casas de câmbio, para a compra de dólares utilizados nas negociações.
Também adotava práticas consideradas violentas para aterrorizar inimigos e moradores da região de fronteira, onde atuava.
A PF estima que a quadrilha transportava cerca de três toneladas de entorpecentes por mês, movimentando cerca de R$ 30 milhões mensais.
Ainda segundo a PF, carga de drogas vinha da Bolívia, em aviões ou carros, com destino a fazendas do município Vila Bela da Santíssima Trindade (512 km a Oeste da Capital).
De lá, os criminosos enviavam a cocaína para diversos estados do Sudeste e Norte do Brasil, bem como para a Europa.
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3 Comentário(s).
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Fabrício 13.12.23 19h53 |
Fabrício , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
Graci Miranda 13.12.23 17h31 | ||||
ich! Sangue de Cristo tem poder! | ||||
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wagner 13.12.23 17h27 | ||||
Que Absurdo!! Pais da impunidade, justiça falha, absurdo vergonhoso, vai buscar ele agora la na bolivia | ||||
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