Cuiabá, Domingo, 20 de Julho de 2025
TRANSPORTES
17.05.2021 | 11h28 Tamanho do texto A- A+

Em decisão, TJ cita que empresário teria ameaçado promotor

Eder Pinheiro teve a prisão decretada na terceira fase da Operação Rota Final, deflagrada na sexta-feira

MidiaNews

O empresário Eder Pinheiro que é alvo da 3ª fase da Operação Rota Final

O empresário Eder Pinheiro que é alvo da 3ª fase da Operação Rota Final

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O empresário Eder Pinheiro, proprietário da Verde Transportes, teria ameaçado o promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, responsável pela propositura de uma ação civil pública contra ele.

 

A informação consta na decisão do desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça, que determinou a prisão do empresário durante a 3ª fase da Operação Rota Final. A ameaça foi revelada pelo delator Max Willian de Barros Lima. 

 

O documento, no entanto, não detalha como teria sido a ameaça contra o promotor de Justiça.

 

Conforme decisão, Pinheiro teria ameaçado e manifestado intenção de promover "levantamento acerca da vida" do promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, responsável pela propositura de ação civil pública em seu desfavor, conforme narrativa do colaborador. 

 

A 3ª fase da Rota Final foi deflagrada na última sexta-feira (14) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual (MPE) .

 

Reprodução

EZEQUIEL BORGES

O promotor de Justiça Ezequiel Borges, que teria sido ameaçado por empresário

Pinheiro encontra-se foragido. Ele foi preso na 1ª fase da operação, em 2018. 

 

A ação investiga um suposto esquema montado entre empresários do setor e políticos para embaraçar a licitação do transporte intermunicipal em Mato Grosso.

 

Conforme o MPE, Pinheiro figura-se como líder e  principal articulador da organização criminosa. 

 

O Naco Criminal e o Gaeco justificaram os pedidos sob os argumentos de que Eder Pinheiro teria buscado dificultar a investigação criminal, ocultado patrimônio das empresas, transferido bens para pessoas físicas ou jurídicas, omitido a empresa Ipê Transportes Rodoviários no pedido de recuperação judicial e ameaçado o promotor.

 

O caso

 

Além de Eder Pinheiro, também foram alvos da ação o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros de Mato Grosso (Setromat), Júlio Cesar de Sales Lima, o ex-deputado estadual Pedro Satélite, o deputado estadual Dilmar Dal'Bosco e a assessora parlamentar Cristiane Cordeiro. 

  

Foi cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões.

   

O montante abrange vários imóveis, dois aviões, vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes. 

  

A investigação, iniciada na Polícia Civil, foi encaminhada Gaeco em meados de 2019.

  

O inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. Mais de 20 pessoas são investigadas. 

 

 

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