O empresário Eder Pinheiro, proprietário da Verde Transportes, teria ameaçado o promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, responsável pela propositura de uma ação civil pública contra ele.
A informação consta na decisão do desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça, que determinou a prisão do empresário durante a 3ª fase da Operação Rota Final. A ameaça foi revelada pelo delator Max Willian de Barros Lima.
O documento, no entanto, não detalha como teria sido a ameaça contra o promotor de Justiça.
Conforme decisão, Pinheiro teria ameaçado e manifestado intenção de promover "levantamento acerca da vida" do promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, responsável pela propositura de ação civil pública em seu desfavor, conforme narrativa do colaborador.
A 3ª fase da Rota Final foi deflagrada na última sexta-feira (14) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual (MPE) .
Reprodução
O promotor de Justiça Ezequiel Borges, que teria sido ameaçado por empresário
Pinheiro encontra-se foragido. Ele foi preso na 1ª fase da operação, em 2018.
A ação investiga um suposto esquema montado entre empresários do setor e políticos para embaraçar a licitação do transporte intermunicipal em Mato Grosso.
Conforme o MPE, Pinheiro figura-se como líder e principal articulador da organização criminosa.
O Naco Criminal e o Gaeco justificaram os pedidos sob os argumentos de que Eder Pinheiro teria buscado dificultar a investigação criminal, ocultado patrimônio das empresas, transferido bens para pessoas físicas ou jurídicas, omitido a empresa Ipê Transportes Rodoviários no pedido de recuperação judicial e ameaçado o promotor.
O caso
Além de Eder Pinheiro, também foram alvos da ação o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros de Mato Grosso (Setromat), Júlio Cesar de Sales Lima, o ex-deputado estadual Pedro Satélite, o deputado estadual Dilmar Dal'Bosco e a assessora parlamentar Cristiane Cordeiro.
Foi cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões.
O montante abrange vários imóveis, dois aviões, vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes.
A investigação, iniciada na Polícia Civil, foi encaminhada Gaeco em meados de 2019.
O inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. Mais de 20 pessoas são investigadas.
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