Cuiabá, Sábado, 12 de Julho de 2025
MORTE DE ISABELE
02.03.2022 | 16h33 Tamanho do texto A- A+

Juiz não acata laudo e mantém internação de autora do disparo

Equipe multidisciplinar do Complexo Pomeri havia recomendado a soltura da adolescente

Reprodução

Isabele Ramos, que foi morta pela amiga em Cuiabá

Isabele Ramos, que foi morta pela amiga em Cuiabá

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Justiça manteve a internação da adolescente que atirou e matou a amiga Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, em Cuiabá. 

A decisão é assinada pelo juiz Túlio Duailibi Alves Souza, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, e foi publicada na última semana.

O crime ocorreu no dia 12 de julho de 2020 no Condomínio Alphaville.

A adolescente está internada no Complexo Pomeri desde janeiro de 2021. Ela foi condenada a 3 anos por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Na última semana, o Tribunal de Justiça autorizou que ela receba tratamento psicológico particular dentro da unidade.  

A equipe multidisciplinar do Complexo Pomeri havia emitido um laudo recomendando a soltura da adolescente.

O Ministério Público Estadual (MPE), entrentanto, divergiu do laudo e pediu a manutenção da internação.

O processo corre em segredo de Justiça.

O laudo faz parte da revisão da pena, realizada a cada seis meses, conforme determinou a Justiça na sentença.

No primeiro laudo, emitido julho do ano passado, a equipe multidisciplinar também havia recomendado a soltura.

No entanto, o juiz Túlio Duailibi Alves Souza também não aceitou e manteve a internação.

O caso

Isabele Ramos morreu com um tiro no rosto dentro de um banheiro na casa da amiga.

O crime aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que foi levada pelo então genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima

No caminho, porém, a garota desviou e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.

A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.

 

Os pais da atiradora respondem um processo separado pelo caso. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.


O ex-namorado dela foi condenado a prestar seis meses de serviços comunitários por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.

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1 Comentário(s).

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aquiles  02.03.22 17h04
Parabéns ao Juiz, a justiça tem que continuar.
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