Cuiabá, Quarta-Feira, 9 de Julho de 2025
CASO SOBRE TRÁFICO
03.01.2024 | 16h40 Tamanho do texto A- A+

Juiz suspende leilão de resort no Manso confiscado em operação

O Paraíso do Manso Resort foi sequestrado na Operação Status, deflagrada pela PF em 2020

Reprodução/PF

O Paraíso do Manso Resort, que foi sequestrado em operação da PF

O Paraíso do Manso Resort, que foi sequestrado em operação da PF

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Justiça Federal suspendeu o leilão de um resort em Chapada dos Guimarães ( a 65 km de Cuiabá), que teria sido usado para lavar dinheiro de um esquema de tráfico internacional de drogas.

 

O Paraíso do Manso Resort foi sequestrado na Operação Status, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2020. O empresário Tairone Conde Costa, que seria dono do resort, e a mulher dele, chegaram a ser presos em Cuiabá na ocasião. 

 

A decisão é assinada pelo juiz Luiz Augusto Iamassaki Florentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande.

 

A suspensão ocorreu após o Incra e o Intermat informar que o empreendimento foi construído em área pertencente à União – gleba federal Marzagão II -, o que inviabiliza a alienação judicial do bem.

 

O Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, informou que a Secretaria de Patrimônio da União aventou a possibilidade de incorporação do imóvel construído sobre a área federal, o que seria atribuição do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

 

O magistrado oficiou o Ministério para que esclareça, em um prazo de 30 dias, se tem interesse em incorporar o imóvel ao patrimônio público, “até para evitar que a área continue a ser indevidamente explorada por algum dos investigados ou por terceiros”.

 

“Outrossim, oficie-se à Senad para que exclua do correlato procedimento de alienação antecipada o imóvel denominado Paraíso do Manso Resort, à vista dos motivos aqui expostos”, determinou o magistrado.

 

A operação

 

No total, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva, 42 de busca e apreensão e sequestro de mais de R$ 230 milhões em bens. Na propriedade no Manso, os agentes apreenderam lanchas, motos aquáticas e quadricíclos. 

 

Segundo a Polícia Federal, o esquema seria chefiado pela família Morinigo, de Campo Grande (MS), tendo como líder Emídio Morinigo Ximenes e os filhos Jefferson Garcia Morinigo e Kleber Garcia Morinigo. A família já  é investigada em outra operação como suspeita de fornecer cocaína para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

Ainda de acordo com a PF, o empresário Tairone Conde Costa seria laranja do clã Morinigo, o que a família nega.

 

O resort, conforme as investigações, seria usado como “fachada” para a lavagem de dinheiro e lazer dos líderes do grupo.

 

Na época, o delegado da PF Lucas Vilela afirmou que pousada nunca serviu como hotelaria e hospedagem para turistas. Seu uso era exclusivamente para o lazer dos alvos da operação.

 

“Era onde eles costumavam passar férias e ter momentos de lazer. Era uma casa de campo. Em 2017 inclusive, foi realizada uma festa de aniversário do líder da organização, que contou com a contratação de uma dupla sertaneja famosa”, explicou o delegado.

 

Leia mais: 

 

PF: pousada no Manso era "fachada" para lazer da organização

 

 

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