O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva do mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado no caso da tentativa de atentado a bomba em um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.
A decisão foi publicada nesta segunda-feira (7).
Alan voltou a ser preso no último dia 27 de junho por ordem de Moraes. Ele está recluso na Cadeia Pública de Comodoro (a 630 km de Cuiabá).
A medida atendeu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou uma nova denúncia contra Alan Diego e outros dois investigados: George Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza.
A defesa de Alan, que estava em regime aberto desde julho do ano passado, pediu a concessão de liberdade provisória ou substituição da prisão por medidas alternativas.
Na decisão, porém, Moraes afirmou que a liberdade do acusado poderia representar ameaça concreta, diante do contexto e da natureza dos crimes imputados.
“Os elementos colhidos pela investigação apontam que Alan Diego dos Santos Rodrigues, ao ser conduzido em um veículo no banco do carona, depositou o artefato explosivo no eixo esquerdo do caminhão-tanque e, na sequência, fez duas ligações por orelhão, o que revela evidente risco à ordem pública representado pela sua liberdade” diz trecho da decisão.
O ministro ainda determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de Mato Grosso se manifeste, no prazo de 48 horas, a respeito da viabilidade da permanência de Alan Diego no estabelecimento prisional de Comodoro.
Alan Diego e os outros dois acusados já haviam sido condenados a 5 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal.
O caso foi posteriormente remetido ao STF após o Ministério Público do DF e Territórios transferi-lo à PGR.
Uma nova denúncia foi apresentada, desta vez incluindo acusações mais amplas, como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e crimes previstos na Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016).
A tentativa de atentado
O caso ocorreu em meio às manifestações bolsonaristas que vinham ocorrendo desde o dia 30 de novembro, que culminaram em depredações e outros crimes pela Capital Federal.
Alan confessou à Polícia que recebeu a bomba colocada em um caminhão, no acampamento bolsonarista que foi montado em frente ao Quartel General do Exército antes dos atos de 8 de janeiro de 2023.
A investigação apontou que a ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica em Brasília.
No entanto, de última hora, a decisão mudou, e o objetivo passou a ser colocar o artefato em um caminhão carregado de querosene de aviação. O motorista do caminhão percebeu que havia um "objeto estranho" no caminhão e chamou a Polícia Militar.
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