A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, determinou uma nova prisão preventiva contra a manicure Lúbia Camilla Pinheiro Gorgete, de 26 anos.
A decisão é do último dia 8. Lubia é acusada de integrar uma quadrilha de assalto a bancos em Mato Grosso.
A jovem teve o primeiro mandado de prisão preventiva cumprido no dia 4 de maio durante a operação “Luxus” da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Além dela, outras 15 pessoas foram detidas, acusados de lucrar mais de R$ 5 milhões em roubos e furtos, praticados em pelo menos dez agências bancárias no Estado de Mato Grosso. Com o dinheiro proveniente dos roubos, os integrantes ostentavam com viagens, carros de luxo, passeio de helicóptero e barcos.
No dia 23 de maio, o juiz Carlos Roberto Barros de Campos, da Vara Criminal e Cível de Poconé (104 km ao Sul de Cuiabá) converteu a prisão preventiva da manicure em prisão docimicilar.
Na decisão, o magistrado atendeu um pedido da defesa de Lúbia que alegou que ela tinha duas filhas de 3 e 9 anos para cuidar.
O Ministério Púlbico do Estado, porém, pediu à Justiça que Lúbia fosse presa novamente.
Selma Arruda aceitou os argumentos do MPE, que afirmou que a manicure tinha importante atuação na quadrilha, "dando apoio material, logístico e moral" aos criminosos e abrigou em seu apartamento "os demais comparsas", antes e depois dos crimes cometidos.
Ao MidiaNews, o advogado Rafael Moreira, que defende Lúbia, disse que ela é inocente e que vai recorrer da nova prisão junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A manicure já está detida no Presídio Feminino Ana Maria do Couto, na Capital.
Operação Luxus
A operação foi deflagrada pela GCCO, da Polícia Civil, no dia 4 de maio, depois de mais de seis meses de investigações que culminaram na decretação de 22 mandados de prisão contra 17 membros da organização criminosa.
Alguns dos 17 alvos tiveram mais de um mandado de prisão decretados pela Justiça, em três inquéritos, sendo o primeiro referente ao roubo ao Banco do Brasil, da Avenida Pernanbuco, bairro Morada da Serra II, em 13 de novembro de 2016; o segundo do furto qualificado ao banco do Brasil de Poconé, ocorrido no dia 5 de fevereiro de 2017, e o terceiro inquérito, pelo crime de organização criminosa.
Com o dinheiro proveniente dos roubos, os integrantes ostentavam com viagens, carros de luxo, passeio de helicóptero e barcos.
No roteiro das viagens está o Rio de Janeiro, local preferido dos integrantes da organização criminosa. Na cidade maravilhosa, os assaltantes contrataram passeios de helicópteros por pontos turísticos do Rio e "torraram" dinheiro no Carnaval do Sambódromo da Marquês de Sapucaí.
Para entrar nos bancos, da Capital e do interior, os bandidos faziam o levantamento de pontos vulneráveis da agência, escolhiam dias e horários com pouco movimento de pessoas nas ruas, como os finais de semana e feriados.
Eles promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme com uso de bloqueadores de sinal, impedindo que o sinal fosse acionado, desligavam câmeras e assim trabalhavam tranquilamente na abertura caixas eletrônicos e dos cofres instalados dentro das agências, de onde retiravam grandes somas de valores.
Estão presos Marcus Vinicius Fraga Soares, vulgo “Pato”, Gilberto Silva Brasil, conhecido como “Beto”, Cleyton Cesar Ferreira de Arruda, Thassiana Cristina de Oliveira (esposa de Cleyton), Junior Alves Vieira, Elvis Elismar de Arruda Figueiredo, Diego Silva dos Santos, Hian Vitor de Oliveira, Kaio da Silva Nunes Teixeira, Daynei Aparecido da Costa, Emanuel da Silva Souza (policial militar), Marcelo Alberto dos Santos, Augusto Cesar Ribeiro Macaúbas, vulgo “Gordão”, Jurandir Benedito da Silva, conhecido como “Jura”, Julyender Batista Borges, conhecido como “Juju” e Robson Antônio da Silva Passos, vulgo “Robsinho”.
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1 Comentário(s).
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Cuiabano 19.06.17 14h06 |
Cuiabano , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |