Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2025
“IMENSO PREJUÍZO”
20.09.2022 | 17h58 Tamanho do texto A- A+

Justiça de MT barra greve de enfermeiros por novo piso salarial

Categoria havia comunicado que entraria em greve por 24h na manhã desta quarta-feira

MidiaNews

Decisão é da desembargadora Adenir Carruesco (detalhe), do Tribunal Regional do Trabalho

Decisão é da desembargadora Adenir Carruesco (detalhe), do Tribunal Regional do Trabalho

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A Justiça do Trabalho determinou a suspensão da greve dos enfermeiros de Mato Grosso programada para começar nas primeiras horas de quarta-feira (21) com duração de 24h. Em caso de descumprimento, a categoria levará multa de R$ 50 mil por dia.

 

A decisão é desta terça-feira (20) e foi proferida pela desembargadora do trabalho Adenir Alves da Silva Carruesco, do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso - veja decisão na íntegra AQUI.

 

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Sinpen) de Mato Grosso havia comunicado que entraria em greve por conta da suspensão da implementação do piso salarial da enfermagem no País.

 

É que o Congresso nacional aprovou e o governo sancionou a lei que fixou piso salarial mínimo de R$ 4.750 para os enfermeiros. Porém o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou suspensão da lei por 60 dias.

 

O prazo foi dado para que estados, municípios e o Governo Federal informem os impactos orçamentários advindos da implementação dos pisos fixados.

 

Para tentar modificar a decisão, os enfermeiros anunciaram a intenção de paralisação ao Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat), que ingressou com uma ação contra a categoria na Justiça do Trabalho.

 

Decisão

 

Segundo o Sindessmat, apesar da categoria alegar que o trabalho seria feito em 30% dos profissionais e os serviços de urgência, emergência e UTIs seriam mantidos, “o percentual informado pela categoria não garantirá o atendimento indispensável à população”.

 

A magistrada acatou o pedido dos estabelecimentos de Saúde e apontou que o movimento paredista não modificará a suspensão por 60 dias do piso. Isso porque a medida foi determinada em uma liminar do ministro Luiz Roberto Barroso que foi referendada pelo pleno.

 

Segundo a magistrada, a atividade da categoria é essencial e sua paralisação, ainda que parcial, pode gerar “prejuízo” à população.

 

“Ao contrário, a medida adotada causará imenso prejuízo à população. A atividade da categoria do Suscitado é essencial e, como tal, precisa ser realizada de forma ininterrupta”, disse.

 

A magistrada estabeleceu multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento da decisão. As empresas, segundo a decisão, ainda poderão descontar salário do empregado que der início à paralisação da atividade.

 

A decisão cabe recurso.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

STF forma maioria para manter suspenso o piso da enfermagem

 

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COMENTÁRIOS
2 Comentário(s).

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EDIMIR TEIXERIA SANTOS  21.09.22 08h14
Cadê os anjos da enfermagem?, cadê, a aqueles que trabalham dia e noite?, as luzes que surgiram para cuidar da humanidade?. cadê os a aplauso?, cadê os parabéns dessa equipe?. cadê os méritos dessa classe? a já sei acabou a pandemia.
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Maisa  21.09.22 00h03
Se assumem ser uma categoria essencial para a manutenção da saúde e cuidados da população, porque não nos mostram sua gratidão e reconhecimento deixando que pela primeira vez sejamos reconhecidos por nosso trabalho e dedicação.
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