O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para que a cuiabana Alessandra Faria Rondon seja condenada em 17 anos de prisão, por participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.
Além de Alessandra, Moraes também votou para que o marido dela, Joelton Gusmão de Oliveira, também seja condenado a 17 anos. O voto é do último dia 9 de fevereiro.
O ministro ainda quer que a mulher seja condenada ao pagamento de 100 dias-multa, sendo cada dia multa no valor de 1/3 do salário-mínimo, que hoje totalizando o montante de R$ 47 mil.
O casal foi preso por participar dos atos em janeiro do ano passado, mas conseguiu liberdade no início de julho.
Eles invadiram o prédio do Senado e registraram o quebra-quebra em perfis nas redes sociais. Em um dos vídeos, por exemplo, a cuiabana chama os senadores de Mato Grosso de “canalhas” e “traidores da pátria”.
Entre os crimes apontados pelo ministro estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
No voto, Moraes ainda quer que o casal pague o valor a título de danos morais coletivos de R$ 30 milhões, junto aos demais condenados. O montante diz respeito às avarias sofridas nos prédios dos Três Poderes decorrente dos atos de 8 de janeiro.
O julgamento do casal ocorre de maneira virtual (quando os ministros do STF anexam os votos na plataforma) e termina na próxima terça-feira (20).
O voto
A defesa de Alessandra, entre diversos argumentos, citou a insuficiência dos elementos de prova de que ela teria praticado atos contra a democracia; a inexistência de conduta criminosa; e ainda a incompetência do STF para julgar a conduta dela, apontado que o caso deveria ser tratado pela primeira instância da Justiça Federal.
“A denunciada, pessoa de nenhuma influência na sociedade, não possuía e ainda não possui a mínima condição de sequer tentar abolir, o Estado Democrático de Direito ou aplicar golpe de Estado”, argumentou a defesa.
Moraes desqualificou todos os argumentos e apontou que Alessandra confessou ter participado do ato de 8 de janeiro em interrogatório às autoridades. Bem como, fotos divulgadas por ela e seu marido nas redes sociais comprovam a presença dela no local.
“Ficou claro, a partir das provas produzidas e das circunstâncias acima delineadas, que se aliou subjetivamente à associação criminosa armada (consciência da colaboração e voluntária adesão), com estabilidade e permanência, objetivando a prática das figuras típicas a seguir analisadas, e culminando no ocorrido no dia 08/01/2023”, disse Moraes.
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4 Comentário(s).
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| sebastiao 15.02.24 14h03 | ||||
| Não adianta o advogado argumentar com alguem que ja tem seu "pré-conceito". "E VIVA A DEMO-CRACIA" | ||||
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| Julio 14.02.24 20h32 | ||||
| André do rap, um dos maiores traficantes do Brasil, foi solto pelo STF e saiu pela porta da frente. Viva a “democracia”. | ||||
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| alexandre 14.02.24 15h20 | ||||
| enquanto isso criminosos de alta periculosidade estão soltos e praticando novos crimes. corruptos do colarinho branco também estão aproveitando o dinheiro desviado que custou a vida de um sem número de pessoas. | ||||
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| Rodrigues 14.02.24 12h56 | ||||
| Bem feito. Quem mandou sair de casa para fazer badernas e criar confusão em nome de alguém que nem os conhece. Procuraram sarna, pois que se cocem bastante. | ||||
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