Cuiabá, Domingo, 6 de Julho de 2025
RETOMADA DAS OBRAS
08.05.2017 | 16h30 Tamanho do texto A- A+

MPF pede perícia e juiz adia homologação de acordo sobre o VLT

Pelo acordo, Estado vai pagar R$ 922 milhões para a conclusão das obras em até dois anos

MidiaNews

Obra do VLT está paralisada desde 2014 e uma ação corre na Justiça Federal

Obra do VLT está paralisada desde 2014 e uma ação corre na Justiça Federal

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O juiz federal João Moreira Pessoa de Azambuja, da 1ª Vara de Mato Grosso, prorrogou em 25 dias a decisão sobre a homologação do acordo firmado entre o Governo do Estado e Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande que prevê a retomada da obra do modal.

 

A decisão é da última sexta-feira (08).

 

Pelo acordo, o Estado vai pagar mais R$ 922 milhões para a conclusão da implantação do VLT. Até agora, já foram gastos cerca de R$ 1 bilhão com o modal, que está parado desde 2014.

 

Na decisão, o magistrado acatou um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que exige a realização de uma perícia na área de engenharia civil para emitir parecer favorável ou negativo referente ao acordo.

 

Diante o exposto, defiro parcialmente o pedido formulado pelo Ministério Público Federal, autorizando a vista integral destes autos e daqueles que lhe são conexos,  para manifestação nos autos acerca do termo do acordo firmado

A argumentação do MPF é de que "diante da complexidade do feito e visando prestigiar a realização de análise técnica sobre os termos do acordo noticiado pelo Estado de Mato Grosso e o Consórcio VLT, pretende submeter a matéria à perícia a ser realizada pela área de engenharia civil, no âmbito da Procuradoria da República Federal, a fim de esclarecer diversos pontos que entende relevantes e necessários para apresentação do parecer ministerial acerca da avença referida".

 

Para Azambuja, o pedido do MPF é  “plenamente viável”, pois vai subsidiar a manifestação do órgão e permitir uma maior fiscalização e controle dos termos do acordo firmado.

 

“Diante o exposto, defiro parcialmente o pedido formulado pelo Ministério Público Federal (fls. 9337/9338 e verso), autorizando a vista integral destes autos e daqueles que lhe são conexos, conforme relacionados acima e, por consequência, concedo ao Parquet Federal o prazo de 25 dias corridos para manifestação nos autos acerca do termo do acordo firmado entre o Estado de Mato Grosso e o Consórcio VLT Cuiabá - Várzea Grande, contados a partir do dia 08/05/2017, período em que permanecerá hígida a suspensão autorizada pela decisão de fls. 9328/9329”, determinou.

 

O acordo

 

O acordo foi assinado em março deste ano, após inúmeras reuniões entre o governador Pedro Taques (PSDB), o secretário de Estado das Cidades, Wilson Santos (PSDB), o controlador-geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, o procurador-geral do Estado, Rogério Gallo, e suas respectivas equipes, com representantes do Consórcio VLT.

 

Pelo entendimento, o Estado vai pagar R$ 922 milhões para a conclusão integral da implantação do modal.

 

A previsão, até então, era de que as obras fossem retomadas em maio deste ano com prazo de conclusão total de 24 meses.

 

Entretanto, no acordo entre Governo e Consórcio, o cronograma das obras prevê a entrega da primeira etapa, em março de 2018, no trecho entre o aeroporto de Várzea Grande até a estação do Porto, em Cuiabá.

 

Até dezembro de 2018 deverá entrar em funcionado todo o trecho da linha 1, num total de 15 quilômetro, entre o aeroporto e o Terminal do Comando Geral, em Cuiabá.

 

Já a linha 2, que compreende o trecho de 7,2 km, entre a avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e o Parque Ohara, no Coxipó, será entregue até maio de 2019.

 

Para financiar o valor necessário para a conclusão das obras, o Governo obteve sinalização da União de empréstimo de R$ 600 milhões junto à Caixa Econômica Federal, faltando apenas aval da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

 

Dos R$ 322 milhões restantes, o Governo já tem R$ 193 milhões em caixa do empréstimo anterior.

 

O VLT

 

A obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012 e deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.

 

Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão anterior do Executivo a fazer um aditivo, prevendo o término para 31 de dezembro daquele ano.

 

Porém, as obras foram paralisadas antes deste prazo, já que o Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo consórcio.

 

Desde então, a Gestão Taques vem travando uma batalha judicial por conta de erros encontrados nas obras e até mesmo no contrato.

 

Leia mais:

 

Governo anuncia acordo com consórcio para retomar obra do VLT

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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rocha  09.05.17 14h25
absurdo !!! O governo não vai conseguir bancar esse VLT e quer gastar mais 922 milhões ? Porque será ? ..... Cenas dos próximos capítulos...
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Antônio Carlos dos Santos   09.05.17 14h20
Essa obra do VLT só irá ficar pronta quando o Brasil sediar a próxima copa. E tem mais; se Cuiabá for sede.
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EVERSON CRUZ  09.05.17 13h55
Tira Árvore, Planta Árvore,Tira Árvore.
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Carlos Nunes  09.05.17 13h52
Duas coisas nós devem preocupar a beça: a construção da Obra do VLT...e depois. Qual é pior? Eu chutaria o depois, pois a CPI descobriu que depois, durante 15 anos, o VLT dará prejuízo de 6 MILHÕES DE REAIS por mês...que será coberto pelo Estado e com isenção fiscal das Prefeituras. Fazendo a Matemática da susto na gente: 15 anos dá 180 meses vezes 6 dá muito dinheiro, dá outro BILHÃO? Puxa vida! Quem é que vai fazer obra que já sabe que dará prejuízo? VLT é pra cidade onde o dinheiro está sobrando aufa.
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José Herculano da Silva  09.05.17 08h36
Meu Deus!!! E o pronto socorro nunca que termina faltando míseros 40 milhões. Já houve uma farra com os 1 bilhão anteriores, e ainda querem mais. Cade a obra que era para estar pronta ao custo de 1 bilhão?
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