Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2025
OPERAÇÃO EM SINOP
20.10.2023 | 14h53 Tamanho do texto A- A+

"Organograma" da Polícia detalha como agiam investigados; veja

Documento elaborado pela Deccor aponta que grupo tinha três principais líderes

Divulgação

Viatura da Polícia Civil durante cumprimento de ordem judicial

Viatura da Polícia Civil durante cumprimento de ordem judicial

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Os policiais civis que investigaram um suposto esquema de desvio de recursos na Saúde de Sinop montaram um "organograma" mostrando a função de 18 dos 34 investigados.

Ao que tudo indica, possui laços estreitos com membros da organização criminosa

 

Conforme uma tabela anexada na decisão que ordenou as buscas e prisões na Operação Cartão-Postal, o grupo teria três líderes: o advogado Hugo de Castilho, seu sócio Jefferson Geraldo Teixeira e o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues.

 

Segundo o documento, Célio era “responsável por intermediar o contato do grupo criminoso com agentes públicos do ‘alto escalão’ na pasta da saúde” de Sinop.

 

Hugo, Célio e Jefferson foram presos na operação. Além deles, a Justiça também decretou as prisões de Roberta Arend Rodrigues Lopes, Elizangela Bruna da Silva e João Bosco da Silva.

 

A tabela ainda tem nomes de servidores, funcionários de empresas envolvidas e pessoas que teriam recebido valores em suas contas para suposta lavagem de capitais provenientes do esquema, conforme a Polícia Civil.

 

Outro que aparece no organograma é o procurador-geral de Sinop Ivan Schneider, que foi afastado cargo pela Justiça. "Ao que tudo indica, possui laços estreitos com membros da organização criminosa. Teria ameaçado veladamente o colaborador ao ser cientificado da atuação da organização criminosa em Sinop", diz o documento.

 

Deflagrada na quinta-feira (19), a operação investigou uma suposta organização criminosa instalada, desde junho de 2022, na gestão da Saúde de Sinop. Os contratos investigados somam mais de R$ 87 milhões.

 

A operação começou após a colaboração premiada do médico e empresário Luiz Vagner Silveira Golembiouski. Ele revelou o pagamento de "retornos financeiros" ao advogado Hugo Castilho por conta de um contrato superfaturado de prestação de serviços médicos na cidade. 

 

Luiz Vagner, que é dono da empresa Med Clin Serviços Médicos Ltda, firmou um acordo de delação e prestou depoimentos à Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e ao Ministério Público Estadual.

 

Ele admitiu que integrou a organização criminosa no fim do ano passado e repasou, entre os meses de novembro de 2022 e janeiro de 2023, o montante de R$ 877 mil a Hugo Castilho, um dos donos do Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP) e que foi preso nesta quinta. 

 

O IGPP gerenciava a saúde de Sinop e contratou a Med Clin para fornecer médicos plantonistas. Segundo o delator, parte dos recebimentos da sua empresa foi devolvida a Castilho como "retorno financeiro" para que o contrato fosse mantido.  

 

Um percentual do dinheiro era pago para terceiros, levando a Polícia Civil a acreditar que estes beneficiários atuaram para lavar o dinheiro do esquema.

   

Veja quadro:

 

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