Cuiabá, Sábado, 5 de Julho de 2025
DENÚNCIA ACEITA
02.08.2022 | 14h48 Tamanho do texto A- A+

Paccola vira réu por morte de agente; porte de arma é suspenso

Decisão foi tomada pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá

MidiaNews

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola, que virou réu

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola, que virou réu

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réu o vereador Marcos Paccola (Republicanos) por homicídio qualificado contra o policial penal Alexandre Miyagawa. O caso aconteceu no dia 1º de julho, no Bairro Quilombo, na Capital.

 

A Justiça também suspendeu o porte de arma do parlamentar, que é tenente-coronel da Polícia Militar.

 

A decisão é assinada pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta terça-feira (2). Hoje a Câmara de Cuiabá rejeitou por maioria o afastamento imediato do vereador. 

 

“Verificada a presença das formalidades processuais estabelecidas pelo art. 41 do Código de Processo Penal e a inexistência das hipóteses do art. 395 do mesmo diploma legal, recebo a denúncia ofertada (ID 91107093) pelo e. representante ministerial em face de Marcos Eduardo Ticianel Paccola e determino a citação do denunciado para, querendo, apresentar resposta à acusação no prazo de 10 (dez) dias nos termos do art. 406 do Código de Processo Penal”, diz trecho da decisão.

  

Paccola foi denunciado pelo MPE por homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa por parte da vítima e por motivo torpe.

  

Na denúncia, o MPE enfatizou que os três disparos feitos pelo vereador “pelas costas da vítima que sequer notou a presença de seu agressor, de maneira que lhe foi impossibilitada qualquer chance de defesa”. 

  

O órgão argumentou ainda que o vereador agiu por torpe motivação “no afã de projetar sua imagem como sendo de alguém que elimina a vida de supostos malfeitores e revela coragem e destemor no combate a supostos agressores de mulheres”.

  

O MPE destacou também que após o ocorrido, o vereador teria veiculado mídias sobre seu suposto "ato de heroísmo, além de discursar, no Parlamento Municipal, exaltando seu feito e desprestigiando a figura da vítima".

 

Suspensão do porte de arma 

 

Na decisão, o juiz afirmou que a suspensão do porte de arma de Paccola é necessário para garantia da ordem pública. 

 

"Dessarte, considerando a necessidade e a eficiência para a garantia da ordem pública, aplico a cautelar de suspensão do porte de arma de fogo ao denunciado Marcos Eduardo Ticianel Paccola . Oficie-se a Polícia Federal comunicando acerca da suspensão, bem como cientifique o denunciado", escreveu. 

  

O caso

 

Paccola interferiu em uma confusão que acontecia em frente a uma distribuidora do Bairro Quilombo. 

 

Na ocasião Myagawa, o "Japão", estava com a arma na mão, atrás de sua namorada, Janaína Sá. 

  

O vereador afirmou que passava pelo local e foi informado que Alexandre estava armado e ameaçando a companheira dele.

 

Paccola ainda disse que chegou a dar voz de prisão, mas o agente não teria obedecido.  

 

Leia mais: 

 

Por maioria, Câmara rejeita afastamento imediato de Paccola

 

 

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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Kleiber  03.08.22 14h04
Será condenado, com toda certeza, pelo Tribunal do Júri. Não há nada de heroico em alvejar uma pessoa pelas costas, não lhe dando chance alguma de defesa. Legítima defesa de terceiro não cola nesse caso. A sociedade não precisa de "Rambos" ou "Valentões". Precisa, sim, de uma Polícia preparada para lidar com as diversas situações.
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Graci O Miranda  02.08.22 23h34
Justiça é para TODOS.
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João Paulo   02.08.22 20h20
Vai responder por homicídio normalmente conforme prevê o Código Penal, e é bem cabível ao caso a excludente de ilicitude no item de legítima defesa de outrem, conforme previsão do próprio CP.
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Marco  02.08.22 20h13
Boa!!!!!!!!!!!!!!!!
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rogerio  02.08.22 16h13
MP está certíssimo, infelizmente o Sr Pacola agiu de forma precipitada. Na minha opinião os tramites estão sendo tomado de forma imparcial, com análise dos fato.
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