Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
IMPROBIDADE
11.04.2024 | 11h00 Tamanho do texto A- A+

Percival é condenado por fazer pagamento ilegal a empresa

Prefeitura fez empenhos de R$ 90,3 mil para empresa com qual tinha apenas acordo verbal

MidiaNews

O ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, foi condenado por atos de improbidade administrativa

O ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, foi condenado por atos de improbidade administrativa

DA REDAÇÃO

O ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz e o ex-secretário municipal de Transporte e Trânsito Fabrício Miguel Correa foram condenados pela prática de atos de improbidade administrativa, em ação civil pública ajuizada pela 2ª Promotoria de Justiça Cível da comarca.

 

Tamanha foi a irresponsabilidade da grave ofensa à primordial Lei de Licitações, que nem mesmo foi formalizado um contrato

Também foram acionados a empresa TCA Consultoria, Planejamento e Projetos Eireli (Manancial Consultoria), o empresário Dalbert Luis Fernandes da Silva Gomes e o contador Luis Geraldo Gomes da Silva, que firmaram acordo de não persecução cível com o Ministério Público de Mato Grosso. 

Os pedidos formulados pelo MPE foram julgados parcialmente procedentes pela 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Rondonópolis.

 

O ex-prefeito e o ex-secretário foram condenados ao ressarcimento integral do dano, de forma solidária aos demais requeridos que celebraram o acordo, no valor de R$ 90,3 mil acrescidos de correção monetária e juros; à suspensão dos direitos políticos por três anos; e ao pagamento de multa civil no valor de R$ 90,3 mil também corrigidos.

 

Percival Muniz e Fabrício Correa também foram condenados ao pagamento das custas processuais. 

A ação é resultado de um inquérito civil instaurado em 2019 para apurar “grave dano ao erário com consequente violação aos princípios regentes da Administração Pública”.

 

No exercício de 2016, a Prefeitura Municipal de Rondonópolis, na gestão do ex-prefeito Percival Muniz e a pedido do então secretário Fabrício Correa emitiu empenhos no montante de R$ 90,3 mil em favor da empresa Manancial Consultoria, sem que ela possuísse empregados informados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2016). 

As investigações apontaram que a empresa foi contratada sem licitação para retirada e implantação de postes, braços e colunas de alguns semáforos da região central do município, o que, segundo o MPE, infere "grave ato de improbidade administrativa causador de dano ao erário e de violação aos princípios regentes da Administração".

 

“Tamanha foi a irresponsabilidade da grave ofensa à primordial Lei de Licitações, que nem mesmo foi formalizado um contrato administrativo para o referido serviço ‘emergencial’”, argumentou o MPE, acrescentando que “a contratação foi decidida informalmente pelos envolvidos, sem prévio procedimento objetivo e impessoal”. 

“Ou seja, contrataram uma prestação de serviços sem contrato formal e escrito, como exige a lei de licitações, e de maneira verbal, o que é totalmente ilegal”, reforçou. 

 

Acordo


A empresa Manancial Consultoria e seus responsáveis legais celebraram o acordo com o MPE em outubro de 2023, se comprometendo a, solidariamente, ressarcir o erário municipal no montante de R$ 186.063,73, divididos em 48 parcelas mensais.

 

Os compromissários se obrigaram ainda ao pagamento de multa civil no valor de R$ 10 mil individualmente, também dividida em 48 parcelas. O descumprimento do acordo implicará na imposição de multa pessoal e diária no valor de R$ 500. Bem como acarretará o vencimento antecipado das obrigações em sua totalidade. 

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