Cuiabá, Domingo, 14 de Dezembro de 2025
ASSASSINATO DE PROCURADORES
26.07.2019 | 17h42 Tamanho do texto A- A+

Réu confesso vai a júri; viúvas serão assistentes de acusação

Pai e filho foram mortos por gerente de fazenda em setembro de 2016, em Vila Rica

Montagem/MidiaNews

José Bonfim Alves de Santana (no detalhe), que será julgado no Fórum de Vila Rica

José Bonfim Alves de Santana (no detalhe), que será julgado no Fórum de Vila Rica

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O juiz Ivan Lúcio Amarante, da Vara Civel de Vila Rica (a 1.259 km a Nordeste de Cuiabá), marcou para os dias 6, 7 e 8 de agosto, no Fórum da cidade, o julgamento do gerente José Bonfim Alves de Santana, acusado de assassinar os procuradores estaduais Saint’Clair Martins Souto e Saint’Clair Diniz Martins Souto, pai e filho, respectivamente.

 

O crime ocorreu no dia 9 de setembro de 2016, por volta das 8h, na fazenda Santa Luzia, na zona rural de Vila Rica. Saint-Clair pai era procurador aposentado no Distrito Federal e Saint-Clair filho atuava na Procuradoria-Geral do Rio de Janeiro.

 

Elizabeth Diniz Martins Souto, esposa e mãe das vítimas, e Maria Cecília de Marco Rocha, viúva de Saint’Clair filho, atuarão como assistente de acusação no julgamento.

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Bonfim – que era gerente da fazenda dos procuradores - executou pai e filho porque eles descobriram que ele estava roubando gado.

 

O MPE denunciou o acusado pela prática de homicídio qualificado, por duas vezes, ocultação de cadáver, fraude processual e posse ilegal de arma de fogo. 

 

Durante interrogatório na fase de investigação, Bonfim confessou os crimes e relatou que teria ouvido pai e filho falar do furto do gado e que iriam no dia seguinte à Polícia.

 

Na manhã do dia 9, Bonfim relatou que saiu para o pasto junto com Saint’Clair pai, cada um em um cavalo. O filho ainda estava dormindo. Em determinado momento, disse que “resolveu dar uns tiros no velho”. Saint’Clair foi atingido por 3 disparos pela frente.

 

Ao retornar para a fazenda, o acusado disse a Saint’Clair filho que o pai dele havia caído do cavalo e estava muito machucado. Os dois retornaram ao local, onde o filho também foi morto, atingido duas vezes pelas costas. O objetivo, segundo o assassino, era encobertar o primeiro crime.

 

Em seguida, ele afirmou que escondeu os cadáveres. Ao retornar à fazenda, relatou aos funcionários que o pai estava ferido gravemente e que, junto com o filho, teria pego uma carona para a cidade.

 

A Polícia conseguiu chegar até  Bonfim dois dias após o crime. Ele continua preso até hoje. 

 

Precauções 

 

O juiz Ivan Lúcio Amarante solicitou reforço à Polícia Militar durante os três dias de julgamento.

 

“Requisite ao Comando da Polícia Militar que encaminhe o reforço policial que entenda necessário para a garantia da segurança para os 03 (três) dias em que se realizará a Sessão do Tribunal do Júri", determinou. 

 

O magistrado também solicitou  que a Prefeitura interdite as vias frontais que dão acesso ao prédio do Fórum, a partir das 5h da manhã do dia 6 até a finalização do júri.

 

Por fim, determinou que a PM promova a segurança das testemunhas, jurados e oficiais de justiça que irão participar do julgamento.

 

“Venho pelo presente requisitar a Vossa Senhoria as providências necessárias no sentido de que disponibilize ao menos 01 (um) Policial Militar fixo na hospedagem das testemunhas, jurados e oficiais de justiça que irão participar da Sessão de Julgamento do Tribunal do Júri que ocorrerá nos dias 06 e 07 de agosto de 2019, devendo permanecer no local durante o período noturno compreendido entre as 22h00min e 05h00min do dia seguinte”, determinou. 

 

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