Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
"DEGRADANTE"
21.11.2019 | 15h24 Tamanho do texto A- A+

TJ quer a criação de mais 2 mil vagas em presídios de MT

Tribunal propõe a construção de novos raios em quatro unidades prisionais do Estado

Arquivo/MidiaNews

O desembargador Orlado de Almeida Perri, coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça

O desembargador Orlado de Almeida Perri, coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça

DA REDAÇÃO

A construção de novo raio nas unidades prisionais da Penitenciária Central do Estado (em Cuiabá), Mata Grande (Rondonópolis), Ferrugem (Sinop) e Água Boa (PM Zuzi Alves da Silva) foi aprovada em reunião realizada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A medida visa à criação de mais 2.160 novas vagas que desafogarão a superlotação enfrentada pelo sistema prisional do Estado.

 
Além das novas vagas, o projeto também deve ser composto de novas salas de aula e barracões que abrigarão oficinas de trabalho de forma que os reeducandos possam estudar, aprender um ofício e também diminuir a pena, por meio do esforço próprio. Detalhes quanto à execução das obras serão discutidas por uma comissão interinstitucional que será especialmente criada para gerenciar o projeto.
 
O encontro foi liderado pelo desembargador Orlado de Almeida Perri, coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça (GMF/TJMT).
 
Participaram representantes do Governo do Estado, da Procuradoria-Geral de Justiça, da Defensoria Pública, Controladoria da União, Ordem dos Advogados do Brasil, entre outros órgãos.
 
Segundo, o desembargador, depois de visitar as unidades penitenciárias mais críticas de Mato Grosso, chegou a hora de chamar os parceiros para sair da teoria e colocar os planos de melhoria do sistema prisional em prática.
 

A construção de uma nova unidade é orçada em cerca de R$ 30 milhões, enquanto um raio com 540 vagas precisaria de R$ 3,3 milhões para execução, um custo muito menor e que de pronto ajudaria a resolver a questão crítica por que passam os presídios

“Precisamos implementar soluções para resolver a carência do sistema penitenciário mato-grossense. A situação em que se encontram os presos é degradante e ofende a dignidade da pessoa humana, contrariando a Constituição Federal".
 
"A construção de uma nova unidade é orçada em cerca de R$ 30 milhões, enquanto um raio com 540 vagas precisaria de R$ 3,3 milhões para execução, um custo muito menor e que de pronto ajudaria a resolver a questão crítica por que passam os presídios”, explicou Perri.
 
Ele complementou afirmando que também é necessária a criação de uma penitenciária que tenha segurança em nível máximo para abrigar os líderes de facções.
 
“Um presídio de segurança máxima é necessário também, mas não tão urgente quanto as novas vagas. Não seria um presídio federal, apenas com proteção e isolamento para aqueles líderes que comandam os crimes nos presídios. Hoje os presos que entram no sistema por conta de pequenos roubos saem de lá traficantes. A separação evitará essa contaminação”.
 
Também presente na reunião, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, destacou a necessidade de toda a rede do sistema prisional se unir e acreditar que a realidade enfrentada pelas penitenciárias pode ser mudada.
 
Ele pontuou que é chegado o momento das instituições deixar de discutir quais seriam as melhores medidas e, efetivamente, implantar soluções que revertam em benefício para a sociedade e reeducandos.
 
“Sabemos do empenho e da dedicação que cada instituição dispõe para a melhoria do sistema prisional de Mato Grosso. Chegou a hora de juntarmos forças para colocar em prática essa vontade comum em mudar a história de nossos presídios a fim verdadeiramente recuperarmos aqueles que estão encarcerados. A situação atual é crítica e sabemos que pode piorar se não fizermos nada e não é isso que a sociedade e nem as instituições almejam para o futuro do Estado”.
 

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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alexandre  22.11.19 13h33
construir escola é necessario, mas onde vai colocar os presos? nas escolas? O presidio é um mal necessario.
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Fernandes Oliveira  22.11.19 12h14
Boa... Falta só melhorar os recursos humanos. Nomear os classificados no concurso AGEPEN-MT 2016. Estamos aguardando nomeação Governador Mauro Mendes. #NomeaçãoAGEPEN-MT já!!! São Agentes Penitenciários, Assistentes Sociais, Psicólogos, Advogados e Enfermeiros aguardando nomeação. NOMEATODOSJÁ!!!
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ANA MARIA  21.11.19 19h29
Excelência, vamos construir creches e escolas em período integral, de qualidade, com acompanhamento das famílias, ao invés de presídios.
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Henrique  21.11.19 17h48
Mais escolas, com professores ganhando melhores salários e menos presídios. É o que penso.
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joao augusto pádua salas  21.11.19 16h34
E a nomeação dos aprovados para o sistema penitenciário ???? o que adiante aumentar o numero de detentos e não ter efetivos para segurança interna ???
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