Estamos chegando ao fim de mais um ano, e como de costume é comum fazermos uma retrospectiva do tempo que se passou. Nessa retrospectiva as pessoas fazem um balanço do tempo que passou: planos feitos no ano anterior que foram cumpridos ou não, sejam estes planos no âmbito do trabalho, de galgar promoções e alçarem vôos em suas carreiras; no âmbito financeiro, de empreenderem em uma área sonhada; no âmbito de encontros de novas amizades agregadas ao relacionamento social; no âmbito cultural, realizando viagens que agregam experiências culturais; no âmbito do amor, no entrelaçamento romântico junto a alma gêmea; na esfera da saúde, de conseguir perder o peso ou alcançar o físico desejado ou a satisfação em matéria de saúde-mental.
Porém estes planos podem ter sido frustrados ou não terem sido bem sucedidos no decorrer do ano, fato que atinge a pessoa em sua auto-estima ou bem-estar.
A sensação da pessoa no êxito dessas conquistas é de sucesso, mas pode ocorrer que não tenham implementado todo o plano almejado, o que traria a sensação oposta. Mas a proposta que faço é de olhar com gentileza e ser mais compreensivo consigo nos casos de insatisfação. Os desejos de mudança e planos de uma vida mais plena são comuns a todos, mas devem trazer esperança e não a face oposta dessa moeda, desalento.
Outro aspecto que se nota também nos finais de ano é a propensão das pessoas a perdoar e reatar laços enfraquecidos ou desfeitos. Essa atitude demonstra nobreza de espírito, e abertura para um recomeço, uma segunda chance. Algumas pessoas enxergam o perdão como um benefício e extinção da culpa (desculpa) para a pessoa que cometeu o ato errôneo, porém o benefício se estende ou é ainda maior àquele que exerce o ato.
O perdão é vantajoso àquele que perdoa, pois ao fazer isso está entrando em uma relação de paz consigo mesmo, uma vez que o rancor depositado em sua mente o adoece, fazendo persistir em suas emoções sentimentos de raiva, ódio, desprezo, disposição para vingança, etc. E toda essa carga de sentimento pressiona a pessoa e a tira de seu estado de tranquilidade. Existe um ditado budista que diz que guardar rancor é como tomar um veneno esperando que a outra pessoa morra, mas o efeito se dá apenas naquele que abriga tal sentimento.
Então, o perdão funciona como um cessar fogo, uma pacificação da mente e alma. Não é necessário mais conviver amigavelmente com a pessoa que praticou o ato que lhe foi lesivo, mas é apenas um ato que permite pacificar a guerra que se instalou em si desde a prática do ato danoso.
Mais um ano se aproxima e nesses períodos as pessoas enchem-se de esperança, renovam seus votos ou fazem novos votos. É tempo de se inspirar, aproveitando-se desse fluxo de sentimentos que o final de ano traz, assenhorar-se dessa potência junto a força de vontade e acreditar que é possível, e então implementar ações necessárias para o alcance e desfrute dos sonhos. Essa esperança que torna-se exponencial nos finais de ano é mola propulsora, e fonte de ânimo, fundamental para o lançamento de novos projetos, mas é preciso engajamento durante o ano que segue para ampliar as possibilidades de êxito.
A passagem do ano funciona como um mecanismo de tempo em que as pessoas enxergam ciclos, e é fonte de renovação. Simbolicamente, acredita-se que o ano passado deixou com a sua passagem a carga que não se pretende mais carregar, por ser demasiadamente pesada e almejar-se mudança. Esse poder simbólico encoraja-nos a sair do status quo e virar páginas de nossas vida, e é salutar aproveitar-se dessa energia que recarrega nossa confiança e torna-nos mais potentes para realizar os sonhos que carregamos.
Afinal, quando estamos crentes nas possibilidades de alcançar nossos desejos e regozijados com essa força revigorante que a passagem de ano nos preenche, as chances de efetivamente termos sucesso aumentam porque plenos dessas forças passamos a fazer as coisas com convicção e veementes de que tudo dará certo, e se tudo convergir para a realização dos planos pelos esforços ou acasos, o resultado é somente um: sucesso!
Dessa forma, desejo a todos boas festas, reconciliação, sucesso e a manifestação de seus desejos neste ano que se aproxima.
Flávio Espunier Costa é advogado.
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