Cuiabá, Sábado, 2 de Agosto de 2025
CRIME ABOMINÁVEL
27.03.2025 | 09h45 Tamanho do texto A- A+

Bebê nasceu sem respirar e foi reanimada por assassina, diz MPE

Nataly Helen Martins foi denunciada por oito crimes cometidos contra uma adolescente grávida

Victor Ostetti/MidiaNews

Nataly Helen Martins Pereira (detalhe), que confessou ter matado adolescente para roubar seu bebê

Nataly Helen Martins Pereira (detalhe), que confessou ter matado adolescente para roubar seu bebê

PIETRA NÓBREGA
DA REDAÇÃO

Na denúncia que pede a condenação da bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira por oito crimes, o Ministério Público Estadual (MPE) afirmou que a bebê de E. A. S., 16 anos, foi retirado do ventre sem sinais vitais.

 

Nataly assumiu o risco de causar a morte do feto por privação de oxigênio, tentando assim provocar aborto

Segundo o documento, assinado pelo promotor de Justiça Rinaldo Segundo, a acusada estrangulou a vítima e depois a asfixiou com sacos plásticos. Por ela ter cursado parte da faculdade de Enfermagem, tinha conhecimento sobre os riscos da ação para o bebê.

 

Enquanto a vítima ainda agonizava, Nataly cortou o abdômen da menor com uma navalha para retirar a criança. Na sequência, realizou manobras de reanimação na criança que já havia nascido sem sinais vitais em decorrência da violência sofrida pela mãe. 

 

"Ao provocar a asfixia da gestante mediante a aplicação de 'mata-leão' e a colocação de sacos plásticos em sua cabeça, Nataly assumiu o risco de causar a morte do feto por privação de oxigênio, tentando assim provocar aborto, sem o consentimento da gestante, na modalidade de dolo eventual. Nataly, que cursou parte da faculdade de Enfermagem, tinha pleno conhecimento de que a asfixia da gestante comprometeria o suprimento de oxigênio ao feto, podendo causar sua morte", escreveu o MPE.

 

"O bebê nasceu sem sinais vitais, precisando ser reanimado pela própria denunciada através de massagem cardíaca, o que evidencia o risco concreto à vida fetal provocado pelas ações asfixiantes anteriores. A tentativa de aborto se configura porque, apesar dos atos executórios que colocaram em risco direto a vida do feto, o resultado morte não se consumou (lembre-se que a ação se deu sob dolo eventual)", acrescentou.

 

O laudo pericial confirmou que a adolescente morreu por choque hemorrágico devido aos cortes profundos no útero e abdômen, além da asfixia. Nataly ainda usou o celular da vítima para enviar mensagens falsas à família, simulando que a menor estava viva, dificultando as investigações e limpou meticulosamente o local do crime para apagar vestígios de sangue utilizando água para diluir as manchas.  

 

Veja fac-símile

 

 

Os crimes

 

O Ministério Público denunciou, na quarta-feira (26), Nataly Helen Martins Pereira por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

 

Para o promotor de Justiça Rinaldo Segundo, o crime praticado configura feminicídio, pois foi cometido com evidente menosprezo à condição de mulher da vítima.

 

A acusada está presa preventivamente. 

 

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