Cuiabá, Sábado, 12 de Julho de 2025
RESPIRADORES
09.02.2023 | 10h50 Tamanho do texto A- A+

Empresa alvo é suspeita de esquema de R$ 33 milhões em SC

O suposto esquema ocorreu em 2020, no auge da pandemia; filial em Cuiabá seria empresa de fachada

Reprodução

A Operação Hypnos foi deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira

A Operação Hypnos foi deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

Alvo da Operação Hypnos em Cuiabá, a empresa Remocenter Serviços Médicos, que tem filial em diversos estados, é acusada de envolvimento em um esquema dos “respiradores fantasmas” que causaram prejuízo de R$ 33 milhões em Santa Catarina.

 

A investigação da Polícia identificou que a filial em Mato Grosso é uma empresa de fachada, e foi utilizada pela Empresa Cuiabana de Saúde (ECS) para o desvio de verbas na compra de medicamentos.

 

O esquema, que envolve o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues, teria desviado mais de R$ 1 milhão da Capital em 2021. Outras dezenas de pagamentos suspeitos estão sendo investigados.

 

Ao analisar o histórico da empresa, o Núcleo de Inteligência da Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) identificou que a Remocenter é acusada de outro esquema em Santa Catarina, durante o auge da pandemia de Covid-19, em 2020.

 

A Autoridade Policial salienta que essa alternância de função é um artifício empresarial típico de empresas que são usadas de 'fachada' para lavagem de dinheiro e outros ilícitos, como o peculato

Foram pagos R$ 33 milhões à Remocenter na aquisição de 200 equipamentos de respiradores que sequer chegaram a ser entregues nas unidades de saúde do Estado.

 

À época, a empresa tinha como sócio Maurício Miranda de Mello, também alvo da Operação Hypnos, e teve sua sede transferida para Mato Grosso após a denúncia de corrupção em Santa Catarina.

 

Logo depois, ocorreu uma alternância de função de sócios administradores da Remocenter, figurando entre seus sócios Mônica Cristina Miranda dos Santos, também investigada pela Deccor. Ela é irmã de Maurício Miranda. 

 

“A Autoridade Policial salienta que essa alternância de função é um artifício empresarial típico de empresas que são usadas de 'fachada' para lavagem de dinheiro e outros ilícitos, como o peculato”, detalhou no documento de investigação.

 

A Polícia ainda identificou que o sexto alvo da operação, João Bosco da Silva, aparentava ser um sócio laranja, que sucedeu Mônica na empresa Remocenter.

 

Em novembro de 2020, ele outorgou poderes a José Edson da Silva para atuar como representante da empresa perante terceiros ou entes públicos.

 

Apesar de não ser alvo da operação em Mato Grosso, José Edson também consta entre os réus do caso conhecido como “esquema dos respiradores”.

 

Entenda a operação

 

A Policia Civil prendeu o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues durante a Operação Hypnos, deflagrada na manhã desta quinta-feira (9).

 

Ele é suspeito de participação em esquema de corrupção instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) no ano de 2021.

 

Na operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo eles: Célio Rodrigues da Silva, Eduardo Pereira Vasconcelos, Nadir Ferreira Soares Camargo Da Silva, Mônica Cristina Miranda Dos Santos, Maurício Miranda De Mello e João Bosco Da Silva.

 

Também houve dois afastamentos cautelares de exercício da função pública contra Nadir Ferreira Soares Camargo Da Silva e Eduardo Pereira Vasconcelos. E o sequestro de bens móveis, imóveis e de valores nas contas da empresa Remocenter, do ex-secretário de Saúde e de Vasconcelos.

 

Leia mais:

 

Ex-secretário de Saúde de Emanuel é preso pela Polícia Civil

 

Veja os alvos da operação que investigou fraudes em Cuiabá

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