Uma nova modalidade de golpe tem feito vítimas em Mato Grosso. Conhecido como “golpe do novinho ou novinha”, o crime começa de forma inocente nas redes sociais, mas termina em chantagem e extorsão.
Uma das vítimas acredita estar flertando com um pretendente, mas na verdade, cai nas mãos de estelionatários que exploram os 'nudes' para exigir dinheiro.
“Ele me seguiu no Instagram, comecei a conversar e depois passamos pro WhatsApp. A conversa evoluiu para troca de mensagens íntimas. E, como você manda de visualização única, mas eles pegaram um outro telefone e tiraram uma foto, né?", disse.
Segundo ela, uma pessoa se passando por delegado da Polícia Civil a ameaçou que iria revelar um suposto caso de assédio.
"Eu recebi a foto no dia que um suposto delegado entrou em contato comigo. Eu recebi uma mensagem no WhatsApp de uma pessoa que se passava como delegado do Rio Grande do Sul, dizendo que familiares da pessoa, do menino, tinham procurado a delegacia, dizendo que tinham encontrado fotos íntimas no celular do menino, né? E esse delegado dizia que a família estava lá, desesperada, porque falou que o menino ia se matar, que ele sofria de transtorno de depressão. E aí, esse suposto delegado queria que eu fizesse uma transferência em dinheiro para ajudar a pagar os custos de tratamento desse menino", contou a vítima ao SBT Cuiabá, nesta terça-feira (14).
Depois as ameaças se iniciaram. Uma das mensagens enviadas pelo bandidos dizia: "Quero R$ 1,5 mil para não essa história para frente. Se vira. Tem meia hora para esse dinheiro cair na minha conta", ameaçou.
O suposto delegado enviou até uma foto verdadeira de um policial gaúcho, cuja identidade vem sendo usada indevidamente pelos golpistas em diversos estados.
Segundo a Polícia Civil, a prática é conhecida como “sextorsão”, quando criminosos obtêm imagens íntimas e depois ameaçam divulgá-las para familiares ou colegas de trabalho caso a vítima não pague. O delegado Pablo Carneir confirmou o aumento desse tipo de crime.
"A partir do momento que a mulher ou homem envia fotos para o golpista, ele começa a extorquir. Muitas vítimas, com vergonha, acabam cedendo às ameaças. A gente observa um aumento expressivo dessa modalidade, principalmente com mulheres, que têm receio maior de procurar a polícia”, explicou.
Operação Phantom
Em março, a Polícia Civil de Mato Grosso, em parceria com a do Rio Grande do Sul, prendeu 13 pessoas envolvidas no esquema durante a Operação Phantom.
Entre as vítimas, estava um empresário cuiabano que perdeu cerca de R$ 2 milhões em transferências. Cuiabá, 16 de Outubro de 2025 MEDIAANDNEWS Plataforma de IA faz lucros em minutos sem esforço ou experiência.
Os golpistas se passavam por parentes ou autoridades e ameaçavam expor supostos conteúdos íntimos, alegando que a vítima teria se envolvido com menores de idade.
“Esses criminosos são especializados em engenharia social. Criam perfis falsos, ganham a confiança e depois chantageiam as vítimas. É fundamental desconfiar e nunca enviar imagens pessoais para desconhecidos”, alertou o delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelli da Delegacia de Crimes Informáticos (DRCI).
A Polícia Civil orienta que qualquer tentativa de extorsão seja denunciada imediatamente, sem realizar transferências.
Mesmo fotos enviadas com “visualização única” podem ser registradas por outro aparelho.
Os criminosos tiram fotos da tela, então a ilusão de segurança não existe.
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