A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada como mandante da execução do advogado Roberto Zampieri, passou por audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (21), em Minas Gerais.
A prisão foi mantida e quem irá determinar a manutenção, ou não, dessa prisão é a Justiça de Cuiabá.
Após a audiência de custódia, Maria Angélica foi encaminhada a uma unidade prisional de Patos de Minas.
Até o momento, não há nenhuma decisão sobre seu recambiamento a Mato Grosso.
Maria Angélica foi presa na quarta-feira (20) em um posto de combustíveis da cidade com uma pistola 9 milímetros na cintura.
A arma encontrada com ela é do mesmo calibre da usada no crime e foi apreendida, apesar de estar devidamente registrada, por essa razão.
O caso
Zampieri foi assassinado com aproximadamente 10 tiros na noite de 5 de dezembro, em frente ao seu escritório, no Bairro Bosque da Saúde.
O atirador ficou de tocaia por mais de uma hora, esperando-o sair de seu escritório.
O principal suspeito de ter executado o advogado é Antônio Gomes, que também passou por audiência de custódia na tarde desta quinta, e teve a sua prisão mantida e será recambiado a Mato Grosso.
Ele foi preso na manhã de quarta-feira na cidade de Santa Luzia (MG).
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1 Comentário(s).
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Deyved Sobrinho 22.12.23 09h57 | ||||
Em Pleno 2023 conflitos e litígios por terra ainda causam mortes na região do Vale do Araguaia. Vale lembrar que fazendo uma análise cronológica, a abertura e desbravamento da região se deu através da Fundação Brasil Central a partir dos anos de 1950 com a BR158, mesma época ou até um pouco antes da região norte do estado através da BR163. Hoje 2023 as diferenças são gritantes no que tange a desenvolvimento econômico e social... A BR163 se tornou uma vitrine para o Brasil e para o mundo com suas pujantes e proeminentes cidades, já o Vale do Araguaia, embora ainda seja considerado uma fronteira agrícola promissora e com muitas possibilidades, ainda vive mergulhado em questões fundiárias e subdesenvolvimento econômico e social, algumas cidades se destacam por estarem se desenvolvendo mais rápido e por conta própria. Voltando à questão fundiária, considero que essa seja uma das maiores, senão a maior culpada pelo atraso vivido na região, os mandos e desmandos por parte da União, Estado e Cartórios da região a tronaram um terreno fértil para toda sorte de crime fundiário, como (invasões, grilagem de terras, falsificações de documentos) em fim. Muita gente e empresas preparadas e capitalizadas desistiram de investir no Vale do Araguaia e procurou outras regiões pela falta de segurança jurídica que pairava e até hoje paira sobre essa região. Todo esse espectro ruim que envolve, questões indígenas (culpa da união), grilagem de terras, e falsificação de documentos até hoje causam um grande prejuízo a região. Situações fatais como essa envolvendo essa execução sempre aconteceram e devem ainda por muito tempo continuar acontecendo, latifundiários, estelionatários, corretores mau intencionados, pistoleiros e outros atores ainda continuarão a atuar nesse cenário grotesco que envolve a disputa por terras no Vale do Araguaia. | ||||
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