Justiça processa assaltantes de banco e inocenta policiais

A Justiça recebeu denúncia do Ministério Público Estadual contra os cinco assaltantes que trocaram tiros com policiais militares durante assalto a agência do Banco do Brasil em Lucas do Rio Verde, no dia 10 de fevereiro. Na ocasião, três assaltantes morreram e cinco foram presos.

Foram denunciados Diego Henrique Damaceno, Roni Crey Marques de Moraes, Wanderson dos Santos Oliveira, Everson Leandro Martinekke e Rafael Reis Lima Nascimento. Eles vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, explosão, tentativa de latrocínio e porte ilegal de arma e explosivos.

No confronto morreram Almir Rogério, vulgo Minhoca; Bruno Souza, vulgo Formiga; e Adriano Oliveira, vulgo Adrianinho, sendos os dois últimos, moradores do bairro Praeirinho, em Cuiabá.
O MPE pediu também o arquivamento do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil para apurar a conduta dos militares do Bope, apontada inicialmente como abusiva.

No entendimento do MPE, os policiais agiram em legítima defesa. “As circunstâncias em que os fatos ocorreram, a previsível perturbação psíquica causada aos agentes policiais pelo temor fundado de um mal efetivo, grave e iminente, não permite exigir que em tal caso os milicianos agissem com ainda maior cautela e comedimento que os evidentemente empregados durante a ação policial, não se caracterizando qualquer ilicitude em suas condutas”, afirmou a promotora de Justiça Patrícia Eleutério Campos.

Ela acrescentou que a audácia dos criminosos evidencia o patente risco de morte a que os agentes do Estado foram submetidos. Lembrou, também, que, após serem atingidos, os criminosos foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros, portanto, não seria possível imputar aos policiais envolvidos na ação a intenção de alterar a cena do crime.