O homicídio do policial militar aposentado Noel Marques da Silva, de 52 anos, foi premetidado e motivado por interesses financeiros da ex-mulher dele, a técnica em enfermagem identificada apenas como Tatiane, de 33. A conclusão é da Polícia Civil.
Nessa segunda-feira (12), o titular da Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP) finalizou o inquérito sobre o crime. Noel Marques foi morto em agosto do ano passado e o filho dele, Noel Marques da Silva Júnior, de 33 anos, foi morto em março deste ano.
O inquérito que investiga a morte do filho do militar ainda não foi concluído, mas a Polícia Civil constatou a presença do mesmo atirador nos dois homicídios.
A 12ª Vara Criminal de Cuiabá acatou o pedido de conversão das prisões temporárias de Tatiane e de um homem, de 36 anos, responsável pelos disparos. Eles ficarão presos preventivamente.
A mãe da ex-mulher da vítima também foi presa com a filha, em 15 de julho, mas a prisão dela foi convertida em medidas cautelares.
Os três foram indiciados por homicídio qualificado pelo motivo torpe, promessa de recompensa e também recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A pena para esse tipo de crime pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Fria e sádica
O delegado ressaltou que a personalidade "fria e sádica" de Tatiane no dia em que foi liberada após a prisão chamou a atenção da Polícia Civil.
“A personalidade fria, descomprometida e de certa forma, sádica, foi demonstrada também na saída dela da delegacia no dia da sua prisão, quando se disse totalmente sem envolvimento no caso. Contudo, chega a fazer gesto de coração com a mão e mandar beijos para os repórteres que estavam acompanhando o caso. Tal gesto indo no caminho ao contrário de uma pessoa que seja inocente de uma acusação tão grave como essa”, pontuou.
A investigação demonstrou que ela mantinha relações amorosas paralelas e, após a o crime, teria se apresentado totalmente despreocupada com a morte do marido. Inclusive, segundo o delegado, conversando com amantes e dizendo que no final do ano já não precisaria mais trabalhar e que ambos teriam vida fácil.
Contudo, em contato com outras pessoas, ela fez o papel de viúva enlutada e injustiçada, diz a Polícia.
Em oitiva na DHPP, na ocasião de sua prisão, há menos de um mês, a viúva do policial negou veementemente conhecimento sobre quem atirou e o motivo da morte do marido e não demonstrou interesse sobre a quantidade de disparos, informação que sempre é de interesse de familiares de vítimas.
Relembre o crime
O policial aposentado chegava em casa, no Bairro Jardim Colorado, em Cuiabá, na noite de 22 de agosto do ano passado quando foi abordado por dois homens armados.
Ele foi baleado na cabeça e no pescoço. A carteira, objetos pessoais e R$ 500 de Noel ficaram no local.
Já o filho dele foi assassinado em março deste ano na casa onde morava, no Bairro Novo Tempo, na Capital.
Tatiane, que teria tido um relacionamento com o militar, é apontada como mandante do crime.
Ambas foram ouvidas na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).
Pelas imagens de câmeras de segurança não é possível ver o momento do assassinato, porém o vídeo mostra as testemunhas correndo de dentro da casa após os disparos.
Na sequência, os suspeitos também são vistos fugindo do local depois de cometerem o homicídio.
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