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26.03.2025 | 16h00 Tamanho do texto A- A+

Polícia mira líder da associação por suposto desvio de R$ 2 milhões

Associação de Diversidades Intelectuais recebia repasses da Prefeitura de Tangará e Ministério Público

Reprodução

O delegado Gustavo Espíndula (detalhe), que coordenou investigação da Operação Neurodiverge

O delegado Gustavo Espíndula (detalhe), que coordenou investigação da Operação Neurodiverge

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), a Operação Neurodiverge para investigar um esquema de falsificação de documentos, corrupção e desvio milionário de repasses de verbas públicas pela a Associação de Diversidades Intelectuais (ADIN), em Tangará da Serra.

 

A ADIN foi fundada em 2022 para oferecer suporte jurídico e buscar recursos e parcerias para atender pessoas com neurodiversidades que integram a rede municipal de ensino. Desde então, a associação recebia repasses da Prefeitura Municipal e do Ministério Público Estadual.

 

Estamos falando de milhões de reais. Tudo indica que houve apropriação de parte desses valores

Segundo informações do delegado responsável pelas investigações, Gustavo Espíndula, a investigação apontou que, apenas no mês de março, a instituição presidida pelo empresário Rui Alberto Wolfart recebeu ao menos R$ 2 milhões em repasses. Segundo ele, parte desse valor foi desviado.

 

“Tudo indica que houve apropriação de parte desses valores. É muito dinheiro, estamos falando de milhões de reais. A ADIN, só este ano recebeu em torno de R$ 2 milhões em repasses da Prefeitura. Ela também tinha vários repasses do Senac, Ministério Público. Então estamos falando de milhões de reais", disse

 

Ainda segundo o delegado, as investigações começaram há seis meses, a partir de uma denúncia anônima.

 

“Faz mais de seis meses que estávamos investigando, analisando documentos, extratos... Começou com uma denúncia e, a partir de vários documentos, conseguimos averiguar os fatos”, explicou.

 

Ao todo, a Polícia Civil cumpriu seis mandados de busca e apreensão, sequestrou bens móveis, bloqueou contas e afastou a equipe responsável pela direção da instituição.

 

Durante a Operção, o presidente da Associação, foi preso por porte ilegal de arma de fogo.

 

“São muitos crimes investigados, sendo o principal deles corrupção ativa. Além disso, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e uma possível organização criminosa, que ainda está sendo apurada”, afirmou o delegado.

 

Intervenção na gestão 

 

Para garantir o atendimento às famílias após o afastamento do presidente, um interventor assumirá a gestão da unidade até a finalização das investigações.

 

“Foi feita a operação hoje e a Justiça determinou que seja nomeado um interventor urgente para que os serviços não sejam interrompidos”, completou o delegado.

 

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