Cuiabá, Quinta-Feira, 16 de Outubro de 2025
OPERAÇÃO PARACELSUS
13.03.2012 | 14h43 Tamanho do texto A- A+

Polícia prende quadrilha que vendia agrotóxico com notas fiscais falsas

Herbicida era vendido com nota fiscal de vitamina

DA REDAÇÃO

A Delegacia do Meio Ambiente (Dema) da Capital desencadeou a Operação Paracelsus, que resultou na prisão de sete pessoas que vendiam agrotóxico com nota fiscal de vitamina especial. Foram cumpridos também sete mandados de busca e apreensão no município de Bady Bassitt, no interior do Estado de São Paulo, e na cidade de São José do Rio Preto, onde um vendedor já está preso.

Pelo esquema, as vendas eram realizadas por telefone e os produtos despachados pelos Correios para compradores em todo o Brasil. O agrotóxico era enviado com notas fiscais de vitaminas especial, ao valor médio de R$ 2 mil, enquanto que o verdadeiro produto é comercializado por cerca de R$ 6 mil.

O esquema foi descoberto após a Delegacia apreender mais de 100 litros do Regent WG800 em caixas com notas fiscais de vitaminas, na agência distribuidora dos Correios, em Várzea Grande. O produto fabricado com autorização pela empresa Basf, era falsificado em uma fábrica no município de Bady Bassit, de onde era comercializado para todo o Brasil para uso em lavouras de soja.

O delegado da Dema, Carlos Fernando Cunha, disse que a agência do Correios desconfiou de algumas caixas e do conteúdo dos frascos. “O produto que a Basf vende com permissão é destinado às indústrias de álcool, pois é muito concentrado e esse está sendo vendido para lavouras, colocando em risco milhares de pessoas. É um risco invisível já que o produto vai se acumulando no organismo”, frisou.

O herbicida é considerado altamente tóxico e contém o principio ativo Fipronil, utilizado para controle de pragas na plantação de cana-de-açúcar. O produto falsificado contém uma dosagem menor do princípio ativo. Ele é vendido em embalagens reutilizadas do verdadeiro produto, com rótulo e lacres falsos. “É um veneno fortíssimo que não sabemos de onde vem. É isso que queremos descobrir”, disse o delegado Carlos Fernando Cunha.

As ordens judiciais são cumpridas na fábrica da empresa Biofarm, de produção de produtos orgânicos, que supostamente fabrica a versão falsa do agrotóxico; no escritório da empresa e no Call Center, de onde eram feitas os pedidos.

Os investigados poderão responder por diversos crimes. Entre eles estelionato, por estarem enganado pessoas que compram de boa fé; falsificação, receptação ou contrabando, caso fique comprovado que o principio ativo seja roubado ou contrabandeado; transporte em desacordo com a legislação ambiental; e formação de quadrilha.

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