Investigação da Polícia Civil na Operação Short Code, que apura crimes cibernéticos e ataques difamatórios contra a atual diretoria da Unimed Cuiabá e que teve sua segunda fase deflagrada nesta sexta-feira (12), apurou que a estratégia dos suspeitos seria criar uma atmosfera de animosidade entre médicos e a cooperativa.
O objetivo seria jogar uma "cortina de fumaça" sobre o alegado rombo de R$ 400 milhões da gestão do ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira Júnior, investigado em outros processos na Justiça, assim como vários de seus ex-auxiliares.
Os ataques contra a atual diretoria da cooperativa médica começaram com mensagens via SMS aos cooperados, que levavam ao site apócrifo “Unimed sem Medo”, identificado posteriormente como ligado ao investigado Maurício Coelho e José Xavier.
Maurício é casado com a advogada Jaqueline, que foi assessora jurídica do ex-presidente Rubens de Oliveira, e é considerada autora intelectual pelo MPE de supostas fraudes que resultaram no rombo milionário. Já Coelho foi marqueteiro de Rubens.
A advogada Jaqueline Larrea, investigada por supostas fraudes contra a Unimed Cuiabá
A operação investiga crimes de associação criminosa estruturada para ataque de fake news contra a Unimed Cuiabá, com prática de calúnia, injúria, difamação e stalking contra diretores e prestadores de serviço da cooperativa.
Segunda fase
A Polícia Civil cumpriu três medidas cautelares no âmbito de uma investigação que apura crimes cibernéticos e ataques difamatórios contra a Unimed.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Garantias da Comarca de Cuiabá. A investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) apura crimes de calúnia, difamação, injúria majorada, perseguição, uso de identidade falsa e associação criminosa, praticados contra a cooperativa e seus dirigentes.
As ordens judiciais determinam o bloqueio de um site em âmbito nacional, impedindo o acesso a seus conteúdos e a remoção dos perfis em redes sociais Também foi fixada a proibição de criação de novos sites e perfis destinados à continuidade dos ataques.
A investigação da DRCI teve início em 2024 após a descoberta do site falso, que disseminava informações falsas contra o plano de saúde e seus gestores.
Posteriormente, os investigadores identificaram uma rede estruturada responsável pelo envio de mensagens em massa por meio de short codes e pela manutenção de portais e perfis em redes sociais destinados a ataques contra a atual diretoria da cooperativa médica.
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