Cuiabá, Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025
MORTA A TIROS
29.05.2025 | 17h16 Tamanho do texto A- A+

Vídeo mostra rastro de sangue no local onde PM matou esposa

Ricker Maximiano de Moraes confessou ter matado Gabrieli Daniel de Souza no domingo, em Cuiabá

Reprodução

Ricker Maximiano de Moraes (detalhe) está preso desde segunda-feira

Ricker Maximiano de Moraes (detalhe) está preso desde segunda-feira

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

Um vídeo filmado por familiares de Gabrieli Daniel de Souza, de 31 anos, morta a tiros pelo marido, o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, no domingo (25), em Cuiabá, mostra a cozinha onde ela foi morta com grande quantidade de sangue.

 

Foram três disparos: um com entrada, saída e reentrada. Todos sangram, sai sangue pela boca, nariz ouvido

Conforme o delegado Edson Pick, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), Gabrieli foi atingida por três tiros de pistola calibre 40, o que, preliminarmente, justificaria a hemorragia.

 

Um tiro, segundo Pick, transfixou e em seguida perfurou novamente o corpo de Gabrieli. Um outro atingiu a lateral de sua cabeça, o que pode ter ocasionado a fratura na mandíbula dela.

 

“Pela quantidade de sangue, não [dá para afirmar que ela foi torturada]. Foram três disparos: um com entrada, saída e reentrada. Todos sangram, sai sangue pela boca, nariz ouvido”, explicou o delegado ao MidiaNews.

 

“Um disparo acertou a região lateral da cabeça, que pode ser o que quebrou a mandíbula. [Mas] isso só com a finalização do laudo de necropsia é que pode ser afirmado”, completou Pick.

 

No vídeo, é possível ouvir os familiares de Gabrieli questionando sobre o rastro de sangue do banheiro até a sala da casa. “Parece que ou ela veio arrastando, ou ele arrastou ela”, diz a voz de uma mulher.

 

Suposta tortura 

 

Em um áudio que foi divulgado na internet na quarta-feira (28), a mãe de Gabrieli disse que a filha havia sido torturada e esfaqueada pelo PM antes de ser morta. 

 

"O maxilar estava quebrado, a cabeça afundada de um lado, e tinha um caroço enorme na testa. As costas e os braços tinham golpes de faca”, disse a mãe da vítima.

 

O delegado não descartou a possibilidade de ter havido tortura e as facadas, mas afirmou que somente o laudo de necropsia da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) poderá constatar os atos.

 

O crime

 

O feminicídio de Gabrieli ocorreu no final da tarde de domingo, no bairro Praeirinho, na casa onde o casal residia, e foi presenciado pelos dois filhos deles, de três e cinco anos.

 

Após matar a esposa, Ricker fugiu em seu Volkswagen Fox, com as duas crianças, e foi até a casa do pai, onde deixou os filhos, a arma do crime, o veículo e seu celular.

 

Em seguida, ele fugiu e só apareceu novamente horas depois, já na segunda-feira (26), ao se apresentar na delegacia acompanhado do advogado.

 

Durante oitiva, o PM teria chorado, dito que se arrependia do crime, mas não revelou a motivação.

 

A pistola utilizada no crime, que havia sido retirada da casa do pai de Ricker pela Polícia Militar, foi entregue momentos depois na delegacia. 

 

O PM foi autuado em flagrante e desde então está detido. O caso é investigado pela DHPP.

 

Veja o vídeo (IMAGENS FORTES):

 

 

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