Abílio decreta calamidade financeira por causa de rombo; vídeo

O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) anunciou, na noite desta sexta-feira (3), a decretação do estado de calamidade financeira no município.

Nós teremos que fazer cortes radicais em despesas que muitas vezes são consideradas supérfluas

A medida, que terá validade por 180 dias, permitirá à gestão realizar cortes radicais em despesas e buscar recursos externos para pagamento de salários e manter os serviços essenciais, como saúde, educação e  infraestrutura urbana.

Abilio classificou a situação financeira de Cuiabá como "muito grave" e disse que vai "colocar a casa em ordem". 

“Estamos buscando solução de todas as formas. Nós teremos que fazer cortes radicais em despesas que muitas vezes são consideradas supérfluas”,  disse o prefeito durante fiscalização nas obras do Contorno Leste.

“Só para vocês terem uma ideia: se a gente pagar as duas folhas dentro do mesmo mês, a gente não tem condições de pagar a saúde, não tem condições de pagar nada, porque o orçamento não é compatível”, acrescentou.

Abilio afirmou a Prefeitura tem em caixa algo em torno de R$ 20 milhões porque seu antecessor, Emanuel Pinheiro (MDB), agendou pagamentos para hoje, retirando cerca de R$ 15 milhões. 

"O ex-prefeito ordenou pagamento no dia 2 de fevereiro, e nós tivemos que assumir dívidas que não poderiam ser feitas", destacou.

Cortes

Conforme Abilio, os principais cortes serão realizados em empresas de tecnologia.

O prefeito revelou que auditorias internas identificaram R$ 300 milhões que podem ser economizados durante o ano. 

“Nós não queremos atrasar a folha de pagamento, não vamos dividir o salário do servidor em várias parcelas como já foi feito. O nosso objetivo será pagar já, assim que completar o valor necessário”, disse. 

“E assim que entrar o dinheiro também vamos pagar os profissionais da área da saúde, os profissionais do fornecimento de medicamentos, os serviços essenciais, a limpeza de bocas de lobo por causa do período de chuva, os tapas-buracos, que também são essenciais, e a educação para garantir o retorno às aulas", finalizou. 

Veja vídeo: