Os deputados estaduais aprovaram, na manhã desta quarta-feira (18), uma medida que acelera a tramitação do projeto de lei complementar, enviado pelo governador Mauro Mendes (DEM), que eleva a alíquota de contribuição do servidor com a Previdência de 11% para 14%.
Esta foi a última votação do ano. Isso porque o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), cancelou as duas últimas sessões que ocorreriam esta semana e convocou um novo encontro para o dia 7 de janeiro de 2020.
A chamada “dispensa de pauta” para o projeto de Mendes foi aprovada por 15 votos favoráveis e 8 contrários. Com ela, a medida passa a tramitar mais rápido. Em um pedido de vista, por exemplo - em que uma matéria tramitando normalmente pode ficar com um deputado para análise por cinco dias -, o prazo cai para 24 horas na dispensa de pauta.
O Governo foi quem pediu que os parlamentares aprovassem o expediente. Em troca, aceitou adiar a votação da matéria para 2020. Conforme Eduardo Botelho havia anunciado, a intenção era que a matéria fosse votada nesta semana.
A medida é a primeira parte da reforma previdenciária a ser executada pelo democrata em Mato Grosso. O objetivo é evitar que o rombo de 2019, de R$ 1,3 bilhão, se torne R$ 30 bilhões até 2029. Mesmo com as alterações, haverá um déficit de R$ 6 bilhões daqui a 10 anos.
Uma portaria do Governo Federal determina que estados e municípios terão até o dia 31 de julho de 2020 para elevar suas alíquotas para 14% caso apresentem déficit atuarial, como Mato Grosso.
Pautas-bomba adiadas
Com a decisão de Botelho em encerrar o ano legislativo dois dias antes do previsto, uma série de projetos, conhecidos como “pautas-bomba”, deixaram de ser apreciados.
Entre as propostas que foram adiadas está a Lei Orçamentária Anual (LOA), com congelamento de receita dos poderes. A peça prevê receitas de R$ 20,3 bilhões e fixa despesas de R$ 20,9 bilhões.
Com a não aprovação da LOA em dezembro, o Governo só poderá usar 1/12 de seu orçamento, a partir de janeiro, até que seja aprovada a medida.
Outras medidas ainda sem análise é a da cota zero para o transporte de pescado em Mato Grosso e as contas do ex-governador Pedro Taques (PSDB).
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4 Comentário(s).
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Edilson 18.12.19 19h21 | ||||
Esses 15 deputados que votaram a toque de caixa a mando do governo favor da aprovação da previdênciaa vão se ferrar na próxima eleiçao e quem o governo apoiar também, Wilson Santos sabe bem disso. Cade RGA do executivo? a do judiciário está em dia. Vamos acabar com esse duodécimo dos poderes, cortar a verba indenizatória dos deputados. Os funcionários do executivo também paga seu impostos. | ||||
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joana 18.12.19 18h09 | ||||
so espero que estas sessões de janeiro não sejam pagas... ja ganharam muito durante o ano para não fazer todo o dever de casa | ||||
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Mara 18.12.19 17h44 | ||||
Uai, não vejo pressa em CPI não vejo pressa pra cortar benefícios deles, mas quando é pra ferrar o trabalhadores os senhores deputados demonstram uma disposiçãoooo! Estamos de olho em quem vai votar nessa palhaçada aí... Querem fazer reforma para prejudicar trabalhador mas nada de taxar o agronegócio riquíssimo do estado como merecem! | ||||
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JADIR BRUM 18.12.19 15h31 | ||||
Para ferrar com os Servidores são extremamente rápidos, o executivo está sem RGA e sem reposição alguma, por não diminuem as VI´s? | ||||
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