O deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) afirmou que a maioria da Assembleia Legislativa (AL-MT) é favorável ao projeto de lei do Poder Executivo que prevê a implantação de um teto para os gastos públicos no Estado.
Apesar de ainda não conhecer a íntegra do projeto, os parlamentares, segundo Oscar, entendem que medidas de contenção são necessárias para a garantia da sobrevivência financeira do Estado.
“A maioria da Assembleia tem a concordância com o projeto de lei do Governo. É algo natural, até porque, sem nenhuma demagogia, se não fizermos essas mudanças, Mato Grosso tende a quebrar. Pode ocorrer como foi no Rio de Janeiro ou no Rio Grande do Sul, por exemplo”, disse Oscar.
O deputado defendeu, inclusive, o congelamento dos salários dos servidores públicos caso essa medida esteja contida no projeto do Paiaguás.
“Penso que temos 3,2 milhões de habitantes que precisam de resposta de quem está no comando do Estado. Alguma medida tem que ser tomada. Se entre as medidas está esse congelamento de salário, vai ser feito o congelamento”, afirmou.
Desgaste
O deputado também classificou como natural um eventual desgaste à gestão do governador Pedro Taques (PSDB) em razão da iminente discussão do projeto.
A “bronca” por parte dos servidores públicos do Estado, segundo ele, irá esbarrar também nos deputados estaduais.
“O desgaste é natural. São 100 mil servidores no contexto geral. É natural que venha um desgaste, não só para o Governo como para toda a base governista”, disse.
“Os servidores têm o direito legítimo de correr atrás do direito que lhes é garantido por lei. É natural que, se você tem algo garantido por lei, e isso passa a ser revisto, você querer reivindicar, espernear”.
O deputado também aprovou a postura do presidente da AL, Eduardo Botelho (PSB), que já chamou membros do Fórum Sindical – entidade que representa os servidores públicos – para um diálogo.
“Vamos sentar com os servidores, tentar um entendimento, sai uma coisa entra outra. Serão tratados vários temas nesse projeto, aí temos que ir negociando o que pode ser cortado, o que pode ser mantido, por exemplo”, disse.
“Termômetro”
O Governo do Estado chegou a afirmar que a proposta do teto de gastos seria encaminhada à Assembleia ainda em dezembro do ano passado, o que até agora não ocorreu.
Para Oscar, o Executivo tem um “termômetro” para sentir o melhor momento de a proposta chegar ao Legislativo.
“Essa dosagem é o Governo que faz. O Executivo está sentindo o momento. Obviamente, eles devem ter o termômetro do momento ideal de aportar cada assunto aqui na Casa”, concluiu o parlamentar.
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10 Comentário(s).
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César 25.02.17 22h39 | ||||
Se tem algo favorável a você Oscar, defende o governo, mas se não tem ameaça virar oposição. Você não me representa. | ||||
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Jair 25.02.17 21h17 | ||||
Caríssimo deputado, 2018 vamos dar resposta ao Senhor e os pelegos dos deputados traidores, só para lembrar 2018 vai ter eleição para governador e deputados estaduais. | ||||
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GERALDO 25.02.17 19h18 | ||||
Estou a vontade para falar pois não votei nesse deputado,não o conheço e não posso falar a seu respeito,mas com certeza não voto nele ,mas muitos dos seus eleitores são funcionários imagino o que estão pensando agora,o Estado tem milhões de habitantes sim,desse total falado estão mais de cem mil funcionários e seus familiares,que não tem culpa nenhuma da situação que o estado possa estar e, acredito que não esta quebrado coisa nenhuma,todos , funcionários e demais habitantes trabalham no serviço público e iniciativa privada,eles que fazem o Estado andar,imagina o governador entrar em greve e os deputados também, o Estado vai andar do mesmo jeito, diferente se os funcionários e empregados da iniciativa privada,pois são justamente eles que fazem o estado caminhar,a culpa de tudo isso é do grupo que administraram o Estado por muito tempo, não é só o silval não,são quase todos,cobre o que é isento do FEX e demais isentivos e cobre os devedores que com toda certeza vai sobrar dinheiro, além do que acho que políticos tem que ter só um subsidio e nada mais. | ||||
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Gaudério 25.02.17 11h12 |
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Elton 25.02.17 10h47 | ||||
Como o governo depende do Judiciário e do legislativo, então vai sacrificar só os funcionários do executivo. Vergonha, inaceitável, ou é p todos ou p ninguém e não venha falar que são poderes independentes, pois os recursos são todos oriundos do executivo. O exemplo deveria vir justamente desses poderes. Lamentável por a culpa da crise nos servidores públicos, pois esses quando envolvidos em corrupção são exonerados e presos, já os políticos que quebraram o Brasil ....... | ||||
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