O senador Jayme Campos (DEM) afirmou que vê como passageira a insatisfação já declarada pelo irmão dele, o ex-governador Júlio Campos (DEM), pela fusão da sua legenda com o PSL para formação do União Brasil.
A criação do novo partido ainda precisa ser homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
“Algumas pessoas, como o próprio Júlio Campos, não se sentiram confortáveis [com essa fusão]. Mas essa questão do Júlio é momentânea”, avaliou.
O senador salientou que não pode falar pelo irmão, mas que entende a mágoa dele pela forma como a fusão foi conduzida no escopo nacional, sem consulta às bases, uma vez que ele é um dos fundadores do partido.
“Ele ficou meio insatisfeito pelo fato de que a fusão foi feita e não houve, talvez por falta de tempo, um contato, um entendimento melhor. O Júlio é fundador do DEM, do PFL, ele tem o direito de ser ouvido”, disse.
“E não foi só ele. Foi uma grande parcela de aliados em todo o território nacional que não foi ouvida”, completou.
Segundo Jayme, mesmo sendo vice-presidente da Executiva Nacional do DEM, ele só participou de duas reuniões sobre o futuro do partido.
O senador salientou que o irmão “tem todo o direito” de estudar e escolher o melhor encaminhamento político para ele no Estado e que qualquer decisão deverá ser tomada exclusivamente por ele.
“Ele tem minha admiração, meu respeito, e com certeza tem uma experiência invejável na política mato-grossense e brasileira. Até pela sua trajetória. Julio tem mais de sete, oito mandatos, já foi prefeito, senador, governador. Não sou eu quem iria aconselhar Júlio Campos”, completou.
“DEM raiz”
No início de novembro, Júlio afirmou à imprensa que os membros mais antigos do partido avaliam se vão continuar ou deixar a sigla após a fusão com o PSL. Tal cenário estaria sendo estudado, segundo ele, por todos aqueles que integram o “DEM de raiz”. Jayme, porém, nega deixar o União Brasil no momento.
A insatisfação de Júlio foi externada pelo próprio ex-governador ao presidente nacional do DEM, ACM Neto, a quem ele criticou a forma como conduziu os acordos.
“Eu acho que o partido quando é organizado, há certa união, composição. E lamentavelmente, a decisão partiu de Brasília e agora as bases têm que aceitar ou, se não, procurar novos rumos”, afirmou na época.
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3 Comentário(s).
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Celso Ferreira =Tangara da Serra 01.12.21 13h02 | ||||
Dr julio Campos esta com toda a razao. Ele pode ser o que quiser dentro do partido Cacique pajé chefe curandeiro ....o que quiser eu APOIO tem meu respeito. | ||||
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Ademir Borges 30.11.21 17h28 | ||||
Quem tem serviços prestados tem direito de ter voz. Júlio Campos fez, faz e vai fazer muito mais por Mato Grosso. | ||||
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Deosvaldo 30.11.21 13h09 | ||||
A insatisfação é por que o Julio quer continuar cacique e agora há novos caciques. Nada mais. | ||||
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