O empresário bolsonarista Marcelo Stachin negou que tenha feito ataques ou ofendido ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele é um dos alvos da operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta quarta-feira (27), para cumprir mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito do STF contra as fake news. A investigação apura ofensas, ataques e ameaças contra ministros da Corte.
Em entrevista ao MidiaNews, o empresário disse que não há indícios nas suas redes sociais de que ele tenha incitado a violência contra nenhuma instituição.
“Em nenhum momento eu fiz ameaça a uma instituição. Muito pelo contrário. Isso foi construído por alguns sites, mas eu nunca disse que invadiria nenhuma instituição. Disseram até que eu teria treinamento paramilitar. Nunca fiz isso”, disse.
“Alguns desses sites têm objetivo de deturpar os movimentos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Não acho que tenha feito nenhuma ameaça. Tanto que se procurar na minha rede social, não vai encontrar nada”, completou.
Há quatro dias, em seu instagram, Marcelo postou uma frase dita pelo ministro da Educação Abraham Weintraub em reunião ministerial com bolsonaro no dia 22 março. "Eitaaa Abraham Weintraub. Nosso Orgulho nesse car#%@!", disse o ativista.
Na reunião, o ministro disse: "Por mim, eu colocava esses vagabundos tudo na cadeia... Começando pelo STF"
No início deste mês, Marcelo participou de um vídeo em que o bolsonarista Paulo Felipe convoca a população para invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em manifestações antidemocráticas na Praça dos Três Poderes em Brasília.
Mandado não cumprido
De acordo com Marcelo, nenhum agente da Polícia Federal ou do STF o procurou para informar sobre a busca e apreensão. “Meu nome está nessa investigação aí?”, indagou.
O empresário estava em um sítio em Nova Mutum (a 240 km de Cuiabá) e está a caminho de Brasília para participar de uma manifestação a favor do presidente da república Jair Bolsonaro.
Ele conta que a Polícia Federal até esta manhã não o havia procurado, nem realizado busca e apreensão a sua residência.
“Eu tenho uma residência em Sinop, mas não recebi ligação nenhuma. Estou em viagem, retornando para Brasilia. Não fui procurado por ninguém. Meu endereço não foi procurado. Na minha residência não foram. Mas se eu for, estou a disposição da Justiça”, afirmou o ativista.
A reportagem apurou que os agentes não foram a casa de Stachin porque o imóvel indicado no mandado de busca e apreensão não pertence mais a ele.
Ação da PF
No total estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
De acordo com informações preliminares, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang (dono da Havan), o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e blogueiro Allan dos Santos são alvos. Os quatro são aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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7 Comentário(s).
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Alex r 28.05.20 06h43 | ||||
Ue quem é favorável a ditaduras tem que aceitar arbitrariedades... tomou? | ||||
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Benedito 27.05.20 14h46 | ||||
Contra fatos, não há argumentos. Tem vídeo com você em Brasília, convocando os matogrossense para irem a explanada, para colocar fim no STF e nos esquerdista. Está na hora de assumir sua vontade para a policia federal. | ||||
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Claudia 27.05.20 14h15 | ||||
Depois da visita dos homens de preto vira um carneirinho,antes nas manifestações da extrema direita dos bolsominios um leão... | ||||
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luis 27.05.20 13h07 |
luis, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
DIOGO 27.05.20 12h55 | ||||
Lamentável essa perseguição ilegal do STF contra o cidadão de bem que está apenas exercendo seu direito á critica. | ||||
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