Cuiabá, Domingo, 21 de Setembro de 2025
NEM DIREITA NEM ESQUERDA
21.09.2025 | 15h51 Tamanho do texto A- A+

Relator diz que 'PL da Dosimetria' vai pacificar país e não terá mais manifestações

A mudança de foco de anistia para redução de penas, ocorreu depois de reunião na casa do ex-presidente Michel Temer, na quinta-feira

Agência Câmara

Paulinho da Força é relator da

Paulinho da Força é relator da "PL da Dosimetria"

MARIANNA HOLANDA
DA FOLHAPRESS

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator que transformará o projeto de anistia aos condenados por atos golpistas em um texto de redução de penas, defendeu que sua proposta vai pacificar o país.

 

E que com isso, ao final, não se verá mais manifestações de direita ou de esquerda, como as que tomam as ruas das capitais neste domingo (21) contra a anistia a Jair Bolsonaro (PL) e contra a PEC da Blindagem.

 

"Primeiro, é importante ter manifestações. Eu passei a minha vida inteira fazendo manifestações. O que eu estou tentando fazer é apresentar um texto que possa pacificar o país", disse.

 

"E acho que, depois do meu texto aprovado pela Câmara e pelo Senado, e sendo aceito pela sociedade, como imagino que será, esse tipo de manifestação não terá mais nem pela direita, nem pela esquerda", completou.

 

O parlamentar diz que a ideia é que seu relatório faça com que o país consiga chegar no ano das eleições, em 2026, e discutir "propostas e questões que interessam o país".

 

Paulinho contou ainda que se reunirá na noite deste domingo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vem participando da articulação para modificar o projeto da anistia nesse sentido. E, nos próximos dias, o deputado terá uma série de reuniões para afinar com as bancadas a proposta, que gostaria de levar ao plenário na quarta-feira.

 

O PL do ex-presidente ainda resiste a um texto de "anistia light", mas o líder Sóstenes Cavalcante (RJ) encontrará Bolsonaro na prisão domiciliar segunda-feira (22) para tratar do assunto. Além disso, Paulinho se reunirá com o líder da oposição, Zucco (PL-RS), e os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que têm forte atuação nas redes sociais.

 

Dirigente da Força Sindical, o deputado também tem reuniões marcadas com as centrais sindicais e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ). A partir de terça (23), terá rodas de conversas com as principais bancadas para costurar um texto que consiga passar no plenário.

 

A mudança de foco de anistia para redução de penas, ocorreu depois de reunião na casa do ex-presidente Michel Temer, na quinta-feira passada, como mostrou o Painel.

 

Participaram também o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que fez a sugestão da nova estratégia ao relator, e, remotamente o presidente da Câmara. Ministros do STF também foram consultados e deram apoio.

 

Na prática, isso levaria à redução de penas de presos do 8 de Janeiro, por exemplo, e mesmo do núcleo decisório do golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Manifestantes foram às ruas em ao menos 14 capitais neste domingo para protestar contra a PEC da Blindagem e o projeto da anistia. A presença de artistas impulsionou manifestações em alguns locais.

 

Os atos registrados em todas as regiões do país foram convocados às pressas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas ao PSOL e ao PT e que reúnem movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), no decorrer da semana em pelo menos 22 capitais.

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