A gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deixou um passivo trabalhista de R$ 227 milhões, por não repasar obrigações previdenciárias, Imposto de Renda e de FGTS. O valor refere-se aos dois mandatos, de 1° de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2024.
A informação foi repassada pelo diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, Israel Paniago, disse na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Débitos Previdenciários da Câmara de Cuiabá, em oitiva nesta quinta-feira (25) aos vereadores da comissão.
"Na gestão do prefeito Abílio os repasses para previdência
e outros tributos estão sendo repassados para os órgãos pertinentes conforme as datas estipuladas por lei. Entretanto, a situação da Empresa Cuiabana de Saúde é de extrema gravidade devido o passivo herdado referente o não repasse de tributos de ordem previdenciária", disse Paniago.
"Esse passivo sem correção é no valor de R$ 145 milhões. Entretanto, estamos fazendo um trabalho de atualização desse passivo, e até a presente data, chegamos a um valor atualizado de R$ 227 milhões. E esse valor pode aumentar ainda mais com a conclusão do nosso trabalho nos próximos dias", explicou o diretor.
A Empresa Cuiabana de Saúde administra o Hospital São Benedito e o Hospital Municipal de Cuabá (HMC) com recursos oriundos do orçamento da Prefeitura de Cuiabá. Nos dois hospitais trabalham por volta de 1.400 servidores.
O vereador Dilemário Alencar (UB), presidente da CPI dos Débitos Previdenciários, disse que se somar o passivo de R$ 184 milhões na previdência da prefeitura e o passivo de R$ 227 milhões na previdência da Empresa Cuaibana de Saúde, o rombo é de R$ 411 milhões.
A CPI dos Débitos Previdenciários volta a ser reunir no próximo dia 5 de outubro, quando na oportunidade vai ouvir o secretário da Limpurb Felipe Wellaton. A CPI também ouvirá ex-gestores da gestão passada. O trabalho deverá ser concluído em novembro e o resultado da CPI será encaminhado para os Ministérios Publicos Federal e Estadual, bem como ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
0 Comentário(s).
|