O deputado estadual Claudinei Lopes afirmou que o PSL deve disputar a eleição suplementar para o Senado, que deve ocorrer no ano que vem após a cassação do mandato de Selma Arruda (Podemos).
Segundo ele, o principal temor dos membros do partido é de que algum político que responde a ações por corrupção possa se eleger para a vaga.
“A Selma vinha fazendo um trabalho muito bom. Infelizmente, Mato Grosso perde com a saída dela e corre risco de ser eleito um nome da velha política. Ela era um nome novo e trouxe esperança aos quase 700 mil eleitores que a elegeram”, disse ao MidiaNews.
“Os nomes que a gente vê sendo lançados como pré-candidatos são de políticos antigos, que podem não fazer um trabalho a contento para Mato Grosso. A nossa frustração é de eleger um político desses antigos, inclusive com processo de corrupção, um corrupto. Essa é nossa preocupação”, acrescentou.
Claudinei disse estar disposto a concorrer à vaga. Entretanto, citou que também são aptos à disputa o deputado estadual Silvio Fávero e o deputado federal Nelson Barbudo. Além disso, citou o deputado federal José Medeiros, que é filiado ao Podemos.
“Eu não descarto. É uma possibilidade, se a gente tiver apoio dos colegas, não só do PSL, mas de outros que estamos sempre em contato. Não sei o Medeiros pode concorrer. Se ele não concorrer e me apoiar, já seria uma força muito grande. Até pelo contato direto que o Medeiros tem com o Bolsonaro, com a bancada. Eu vou conversar com o Medeiros sobre isso”, afirmou.
“Ainda não conversei com o Sílvio ou Barbudo, mas acho importante a gente lançar um dos três. Seria importante lançar candidatura para que o PSL continue forte no Senado. Mato Grosso só tem a ganhar se um dos três for eleito. Bolsonaro vai continuar ajudando muito o Estado. A gente não conversou ainda, mas iremos em breve”, disse.
Interferência de Bivar
Claudinei disse esperar que o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar, não interfira na escolha do nome do partido para a disputa.
Isso porque, tanto ele quanto Barbudo já anunciaram que irão seguir o presidente Jair Bolsonaro para o partido Aliança pelo Brasil, assim que este for criado. Com isso, o temor é que Bivar "retalhe" ambos no Estado.
“Acredito que ele não vá querer interferir nisso. É o nome do PSL que está em jogo aqui em Mato Grosso. Acho que o PSL tem se destacado com o trabalho dos eleitos. Esperamos que ele não interfira nessa possível candidatura de nome do PSL”, afirmou.
“Mas se ele fizer isso, quem perde é o PSL nacional, com o enfraquecimento de uma possível eleição de um candidato do partido para fortalecer no Senado", completou.
A cassação
Selma e seus suplentes Gilberto Eglair Possamai e Clérie Fabiana Mendes foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) em abril deste ano, por omitir despesas na ordem de R$ 1,2 milhão durante a pré-campanha e campanha de 2018, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.
Os gastos foram identificados na contratação da KGM, empresa de pesquisa eleitoral, e a Genius Publicidade.
Na noite desta terça-feira (10), o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a cassação, por 6 votos a 1.
Os ministros também decretaram a inelegibilidade de Selma e seus suplentes por um prazo de oito anos, além da realização de novas eleições em Mato Grosso.
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3 Comentário(s).
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Júnior Freitas 22.12.19 17h11 | ||||
É para rachar de rir | ||||
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Felipe 22.12.19 07h45 | ||||
Esse cara é comédia. | ||||
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Luiz 22.12.19 00h01 | ||||
Sonhando alto Dr, tem muita luta pra vencer aqui no Estado, tudo a seu tempo, se atropelar os bois, acaba atropelado pelos seus eleitores. | ||||
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