“Deputados estão reclamando de barriga cheia”, rebate Mendes

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que os deputados estaduais que estão criticando a demora do Executivo para pagar emendas parlamentares estão “reclamando de barriga cheia”.

Tem Estado que o deputado tem R$ 3 milhões de emendas, R$ 4 milhões por ano, Mato Grosso está chegando a R$ 25 milhões em emendas

Esta semana o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), disse que o Governo tem até dezembro de 2025 para empenhar todas as emendas. E que se o prazo for ultrapassado, a Casa irá acionar a Procuradoria da Assembleia para adotar medidas judiciais.

Questionado, Mendes disse que tem pago valores que não são vistos em outros estados. “Estamos pagando todos os anos regularmente. Então, estão reclamando de barriga cheia”, afirmou.

“Vou olhar esse assunto, mas temos que registrar que Mato Grosso tem algo que provavelmente nenhum Estado brasileiro tem. Tem Estado que o deputado tem R$ 3 milhões de emendas, R$ 4 milhões por ano, Mato Grosso está chegando a R$ 25 milhões em emendas”, acrescentou.

Os parlamentares possuem uma quota do orçamento do Estado, que são as emendas parlamentares. O valor serve para finalidades específicas, geralmente relacionadas ao interesse temático e eleitoral de cada parlamentar.

Deputados de oposição chegaram a criticar a demora do empenho das emendas alegando que não teriam valor para repassar para Saúde de alguns municípios. No entanto, o governador defendeu o cronograma feito pela Casa Civil e disse que os parlamentares priorizaram “festa”.

“É porque eles priorizaram o pagamento das emendas para as festas. E temos um cronograma que vai executando ao longo do ano. A grande parte das emendas que eles priorizaram foram liberadas. E agora, até o final do ano, nós liberaremos...”, afirmou.

Alvo do legislativo

Mendes sempre manteve uma boa relação com a maioria dos deputados da Assembleia e nas últimas semanas tem sido alvo de críticas até mesmo de membros da base governista.

Devido ao cenário, o governador foi perguntado se acreditava que a mudança de postura teria a ver com o fato dele estar se encaminhando para o final do mandato. 

“Críticas e observações são normais. Não tem problema nenhum se tiver fundamento, a gente escuta. Agora, ninguém pode dizer que esse governo não sabe planejar. Porque o resultado que estamos dando, pode revirar a história de Mato Grosso de trás para frente, não vai encontrar nenhum período que houve tantos investimentos e tantos resultados concretos”, completou.

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