Dilemário vê “acordão” para livrar Edna e cobra Comissão de Ética

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) disse acreditar que a Comissão de Ética da Câmara está fazendo "vista grossa" na investigação contra a vereadora Edna Sampaio (PT) por quebra de decoro parlamentar.

A petista está sob investigação após ser denunciada por receber de forma irregular R$ 20 mil de Verba Indenizatória (VI) em transferências feitas no ano passado por sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira.

Durante discurso na tribuna, nesta quinta-feira (10), Dilemário alegou que a Comissão estaria planejando puni-la apenas com uma suspensão de 30 dias.

“Quero dizer ao relator [Kassio Coelho] e ao membro Wilson Kero Kero que a Comissão sinaliza salvar mandato de Edna com apenas um afastamento de 30 dias e que lideranças do PT articulam para salvar o mandato da vereadora”, afirmou.

“Se a Câmara não aprovar a cassação da vereadora, não sei o que deve fazer. Ela [Edna] pediu a cassação do vereador [Marcos] Paccola, ele teve cinco sessões para se defender e com provas robustas a Câmara o cassou com 13 votos. Agora, há provas robustas contra ela e a Câmara não vai tomar atitude?”, questionou.

O vereador também disse que Edna não apresentou defesa, mesmo depois que a Comissão de Ética dar prazo de 10 sessões para ela elaborar o posicionamento. Segundo ele, o tempo é além do que está registrado no regimento interno da Casa.

Dá por volta de R$ 184 mil que foram depositados em contas da vereadora Edna de forma irregular

Esta quinta-feira era o prazo final para a petista apresentar a defesa. 

R$ 184 mil de rachadinha

Dilemário disse, ainda, que prática de receber V.I. das chefes de gabinetes era comum, situação que, para ele, colabora para a vereadora seja cassada.

“Eu fiz as contas, porque a vereadora disse que todas as chefes de gabinete dela depositavam na conta dela, o marido ratificou na oitiva da comissão. Sabe quanto dá isso? Dá por volta de R$ 184 mil que foram depositados em contas da vereadora Edna de forma irregular”, disse.

O vereador ainda afirmou que, caso Edna não seja cassada, abrirá uma investigação para apurar a demissão da ex-chefe de gabinete da petista, que foi exonerada enquanto estava grávida. Após a polêmica da denúncia, a Câmara pagou à Laura R$ 70 mil pelos direitos trabalhistas.

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