O delegado-geral da Polícia Judiciária Civil Mário Dermeval de Resende confirmou o remanejamento dos delegados Lindomar Tofoli e Anderson Veiga da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz).
Ao MidiaNews, Dermeval disse que a decisão foi tomada em conjunto com a diretoria da corporação e que os delegados podem trabalhar em qualquer lugar do Estado.
“Não tem troca. A Defaz perdeu 70% das atribuições e de cinco delegados passou a ter dois. E a Deccor [Delegacia de Combate à Corrupção] que é nova, com outro foco, terá delegados que a diretoria entende como adequados para assumir a unidade”, afirmou.
“Vai caber aos diretores tomarem a decisão [para onde Lindomar e Anderson serão transferidos]. Temos 208 delegados trabalhando no Estado todo. Eu já rodei o Estado inteiro e eles também podem trabalhar em qualquer lugar dentro do Estado de Mato Grosso”, acrescentou.
O chefe da Polícia Civil preferiu não antecipar o nome dos dois delegados que permanecerão na Defaz. Segundo ele, a escolha será anunciada em breve.
Dermeval disse não acreditar que haja insatisfação interna com as mudanças.
“Eu acho que não. Acho que não há nenhum tipo de insatisfação. Tudo o que se fomentou de informação são inverdades e não nos cabe dar satisfação e explicar coisas que nós não fizemos”, resumiu.
Denúncia de Emanuel
Dermeval ainda voltou a rebater as acusações do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) sobre o uso da Delegacia Fazendária para interesses políticos do Governo do Estado.
Segundo o prefeito, Tofoli e Veiga teriam recebido a incumbência de "incriminá-lo", com base em um boletim de ocorrência feito pela servidora da Saúde municipal Elizabete Maria de Almeida. Ela acusa o prefeito de oferecer dinheiro a vereadores para cassar o mandato de Abílio Júnior (PSC), que responde a um processo por quebra de decoro na Comissão de Ética da Câmara.
Ocorre que, segundo Emanuel, os delegados se recusaram a dar qualquer tipo de encaminhamento à denúncia, por entenderem não haver base sólida nas acusações. Por conta disso, o prefeito afirmou que ambos os delegados foram ameaçados de retaliação por parte da diretoria da PJC.
Alair Ribeiro/MidiaNews
O delegado Lindomar Tofoli: de saída da Defaz
Dermeval disse que seu nome foi citado em vão. Ele disse que estava viajando e que a única providência que foi tomada em relação a denúncia contra Emanuel foi o seu encaminhamento ao Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE) para análise dos requisitos legais.
“Em momento algum a Diretoria Geral da Polícia tomou ciência ou interferiu nessa atuação de investigação. Não me cabe agora contra-argumentar coisas que eu sequer tenho consciência. Eu estava viajando e desconheço por completo toda essa situação. Então, não vou comentar para evitar qualquer equívoco”, disse.
“Sobre esse assunto não me cabe falar, porque eu não tive qualquer tipo de relação com ele e meu nome foi citado em vão. Só sei que tudo o que se falou em relação à Polícia Civil não procede”, completou.
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