Membros do Fórum Sindical – que reúne representantes do funcionalismo público de Mato Grosso – decidiram levar adiante a greve marcada para a terça-feira (31).
O posicionamento é decorrente da insatisfação em relação à proposta para pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) em duas parcelas, sendo 2% no mês de setembro e 3% em janeiro do próximo ano, de forma não retroativa.
A proposta foi apresentada pelo Governo na manhã desta segunda-feira (30) e reprovada pelo funcionalismo público.
“Recebemos uma proposta bem distante daquela que esperávamos que era o pagamento de 11,28%, conforme prevê a legislação”, afirmou James Rachid Jaudy, presidente da Associação dos Servidores Efetivos da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Delegados (Asager).
“O movimento de greve está mantido para amanhã, mesmo o Governo pedindo prazo. Já demos todos os prazos possíveis e inimagináveis”, completou o presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), Edmundo César Leite.
O sindicalista ainda classificou a proposta do Executivo como uma “afronta” aos servidores públicos.
“O Fórum Sindical não gostou da proposta, achamos que foi uma afronta ao trabalhador do Poder Executivo. Perdemos 6% da reposição e o valor a ser pago nem será retroativo. Aí, o Governo ‘fuçou’ a caixa de abelha com vara curta”, disse.
“O Fórum está pronto para ajudar o Governo, mas não para sermos pisoteados”, completou ele, ao reiterar que pelo menos 28 dos 31 sindicatos que compõe o Fórum já deflagraram pelo início do movimento grevista.
Pagamento na integralidade
Ainda conforme os membros do Fórum, uma contraproposta será levada a equipe econômica do Governo ainda hoje.
Eles reivindicam o pagamento da RGA em sua integralidade (11,28%), mas permitem o parcelamento, desde que ocorra no exercício de 2016.
“Queremos o pagamento integral, mas permitimos que seja parcelado dentro do ano de 2016, dependendo do fôlego do Governo”, explicou James Jaudy.
“Além disso, queremos o pagamento em forma retroativa. Se o Governo pagar valor X em junho, terá que ser retroativo a maio; se pagar Y em agosto, também será retroativo a maio e, assim por diante. Essa será nossa contraproposta. Acho que está de bom tamanho, pelo sacrifício que nós estamos fazendo”, disse.
Ainda de acordo com o presidente da Asager, os membros do Fórum não estabeleceram um limite de parcelas ao Governo, cabendo ao Executivo realizar o pagamento da RGA da forma que lhe for mais conveniente.
“Deixaremos nas mãos do Governo. Se ele acha que pode pagar 3% agora, 5% mês que vem, ótimo. Já flexibilizamos ao máximo a negociação”, concluiu.
Leia mais sobre o assunto:
Governo propõe 2% em setembro e 3% em janeiro; Fórum reprova
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10 Comentário(s).
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Daniel 31.05.16 08h30 | ||||
Marcos vc tem razão, não é hora de reajuste, e essa briga não é para tal. O RGA é uma reposição referente a inflação do ano anterior. Não caia no conto do vigário contato pelo governo, pelo jeito ele está conseguindo que os cidadãos confundam o RGA com aumento de salário. | ||||
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ROCHA 30.05.16 15h48 | ||||
Dante cortou o salário dos servidores.Recebeu o TROCO quando se candidatou a SENADOR. Lembram-se? A "arma" dos servidores é o voto. As eleições vêm aí, não esqueçam! | ||||
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marcos 30.05.16 15h28 | ||||
pais em crise , estados em crise, desemprego em alta, acho que esta na hora dos servidores, darem dua contribuição, ao invés de brigarem por reajuste, neste momento tem que ter cutela sobe pena de cair em descredito com a população, que já tem uma certa aversão a qualidade dos serviços públicos prestado pelos servidores, salvados as exceções. | ||||
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Miguel 30.05.16 15h24 | ||||
Perdoai-lhes senhor, tenha piedade eles pensam que somos idiotas! | ||||
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José 30.05.16 15h15 | ||||
Acabem com a verba indenizatória e duodécimos que a curta prazo se paga a metade dessa RGA. O restante paga-se no começo do ano. Ponto Final Não pensem que somos bobos. | ||||
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